sábado, 14 de dezembro de 2013

"Cuidado com os burros motivados"

Roberto Shinyashiki

Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência. Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o psiquiatra não compartilha da síndrome de super-heróis. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi senão príncipe”, dizem os versos que o inspiraram a escrever Heróis de verdade (Editora Gente, 168 págs., R$ 25). Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança de atitude. “O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras.”
 
Istoé -
Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki -
Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado,
viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
 
Istoé -O sr. citaria exemplos?
Roberto Shinyashiki -
Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
 
Istoé -
Qual o resultado disso?
Roberto Shinyashiki -
Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
 
Istoé -
Por quê?
Roberto Shinyashiki -
O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
 
Istoé -
Há um script estabelecido?
Roberto Shinyashiki -
Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente
de multinacional no programa O aprendiz? “Qual é seu defeito?” Todos
respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: “Eu mergulho de
cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.” É exatamente o que o chefe
quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado
ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma
forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: “Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir.” Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
 
Istoé -
Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Roberto Shinyashiki -
Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
 
Istoé -
Está sobrando auto-estima?
Roberto Shinyashiki -
Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
 
Istoé -
Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Roberto Shinyashiki -
Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham.” Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
 
Istoé -
O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Roberto Shinyashiki -
Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
 
Istoé -
É comum colocar a culpa nos outros?
Roberto Shinyashiki -
Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece que a meta
é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa expectativa, ele não vai saber responder. Ele estabelece um valor aleatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total.
 
Istoé -
Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Roberto Shinyashiki -
Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: “Quem decidiu publicar esse livro?” Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
 
Istoé -
Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Roberto Shinyashiki -
O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
 
Istoé -
Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Roberto Shinyashiki -
A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: “Você tem de estar feliz todos os dias.” A terceira é: “Você tem que comprar tudo o que puder.” O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: “Você tem de fazer as coisas do jeito certo.” Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar.
 
Istoé -
O sr. visita mestres na Índia com freqüência. Há alguma parábola que o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?
Roberto Shinyashiki -
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz.” Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis. Uma história que aprendi na Índia me ensinou muito. O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se pendurar em algumas raízes. O urso tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com um morango. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia. Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os morangos.

O que é um Plano de Contas?

O Plano de Contas, também conhecido como Modelo Contas, Estrutura de Contas ou Elenco de Contas, é uma lista que apresenta as contas necessárias para que a empresa possa registrar todos os eventos e movimentações econômicas e financeiras que acontecem durante suas atividades e operações.

Abaixo temos um exemplo de algumas contas comumente presentes em um plano de contas:

Exemplo Plano de Contas
Exemplo plano de contas

A elaboração de um plano de contas bem estruturado é fundamental para a gestão econômico-financeira de qualquer empresa, pois é ele que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de base para a elaboração das demonstrações contábeis (Demonstrativo de Resultados do Exercício, Demonstrativo de Fluxo de Caixa e Balanço Patrimonial).

Apesar de a estrutura base do plano de contas costumar não variar muito, a sua montagem deve ser personalizada por empresa, já que cada organização possui necessidade de registro e análise de informações com detalhamentos específicos, que um modelo de plano de contas “genérico” pode não compreender.

Principais Grupos de Contas em um Plano de Contas

O plano de contas é dividido em quatro grandes grupos:
  1. Ativos
  2. Passivos
  3. Receitas
  4. Despesas

Dentro de cada um destes grupos são criadas as contas sintéticas (ou contas agrupadoras), que por sua vez são detalhadas em contas e subcontas, como no modelo da imagem acima.

Nas próximas semanas publicaremos um artigo detalhando sobre cada um destes grupos.

Plano de Contas Contábeis x Plano de Contas Gerencial

Para atender as determinações legais do setor em que atua, a empresa deve manter o plano de contas contábil com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade. Este plano de contas servirá como base para montagem do balanço patrimonial, que é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar de forma sintética e padronizada a situação patrimonial da empresa. Portanto, essa demonstração deve ser estruturada e apresentada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Porém, em muitos casos essa estruturação é realizada apenas para atender a legislação, porém pode não atender as necessidades de análise da organização. Para isto a equipe de contabilidade e controladoria costuma elaborar um plano de contas gerencial, que nada mais é do que um arranjo diferente das contas existentes, bem como inclusão ou exclusão de outras contas, visando atender as necessidades de análise dos resultados econômico, financeiro e patrimonial da empresa.

Mas ao definir um plano de contas gerencial deve ser tomado o cuidado de cria-lo de maneira organizada e estruturada para que as informações geradas para alimentar o plano de contas contábil também sirvam para alimentar o plano de contas gerencial de maneira automática, pois do contrário pode aumentar significativamente o trabalho da equipe envolvida, e principalmente a chance de erros e inconsistências ao se trabalhar com dois planos de contas diferentes.

Modelo de Plano de Contas para download

Estamos preparando um modelo de plano de contas para servir de base para elaboração do personalizado de sua empresa, e o próximo artigo disponibilizaremos aqui para download gratuito, bem como demonstraremos passo a passo como montar um plano de contas personalizado para sua empresa.

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 Eu tenho 54 anos e meio. E você, quantos anos tem?

 
Na semana passada, estive com um grupo de advogadas, todas com idades na casa dos 20 anos e que começaram a trabalhar na City de Londres. Uma delas me disse que não aguenta mais ter que responder a perguntas de colegas e clientes de meia-idade sobre quantos anos tem. As outras concordaram: são perguntadas o tempo todo sobre suas idades e odeiam isso. Elas veem isso como uma maneira de minar sua autoridade e as colocar nos devidos lugares.
 
Quando cheguei à redação no dia seguinte, fiz uma pesquisa entre os mais jovens para saber se a mesma coisa acontece com eles. Quase todos disseram que sim - mulheres e homens. Eis aí outro ultraje surgido na chamada "crunch generation" (que precisa cuidar dos pais e parentes mais velhos e, ao mesmo tempo, têm as responsabilidades com os próprios filhos): essas pessoas não conseguem comprar a casa própria, estão em dívida com o crédito educacional, lutam para conseguir um emprego decente e, quando finalmente conseguem, são punidas por serem jovens.
 
Uma análise rigorosa mostra que a situação é ainda mais complicada. Minha amostragem sugere que há uma diferença entre a maneira como os sexos encaram o problema. Para as mulheres, é como se elas fossem vítima do machismo e do preconceito com a idade ao mesmo tempo. Já para alguns dos jovens do sexo masculino, é uma oportunidade para eles se exibirem. Poder dizer "tenho 23 anos e veja só o que já conquistei" é algo muito gratificante.
 
Mas, para homens e mulheres, em algum momento quando eles se aproximam dos 30 anos - e pouco antes do aparecimento da primeira ruga - esses questionamentos cessam. Por um acordo tácito, todo mundo para de fazer esse tipo de pergunta.
 
As únicas pessoas na faixa dos 30 anos que continuam sendo inquiridas são aquelas muito bem-sucedidas (conheço alguém com 32 com uma posição em conselho e que recebe muitas perguntas sobre sua idade), ou mulheres grávidas, que são inquiridas por outras mulheres ansiosas com a diminuição de sua fertilidade.
 
O errado - e peculiar - disso tudo não é o fato de perguntarmos aos trabalhadores mais jovens quantos anos eles têm. É o fato de não perguntarmos às demais pessoas. Quando se trata de crianças, a primeira coisa que queremos saber é a idade. Até mesmo a criança mais tímida está pronta para responder "tenho três anos e meio".
 
Com frequência, os colegas de trabalho perguntam as idades de meus filhos, assim como a idade de meu pai. Mas eles nunca perguntam a minha.
 
É considerado falta de educação perguntar a idade para as pessoas que têm entre 28 e 65 anos - a maior parte de nossas vidas que dedicamos ao trabalho.
 
No LinkedIn, as pessoas postam todo tipo de informações irrelevantes sobre si, incluindo se possuem uma "habilidade" chamada de "liderança de equipe interfuncional", mas nunca declaram suas idades. Quem quiser saber precisa olhar a data em que as pessoas terminaram a universidade.
 
Nosso pudor em relação à idade no trabalho não se deve ao fato de acharmos a idade algo pouco importante. Pelo contrário: a idade continua a nos fascinar. Sempre que entrevisto alguém, só considero que fiz o trabalho de maneira adequada depois que pergunto a idade do entrevistado.
 
A idade de alguém diz respeito à experiência que essa pessoa tem. É uma medida do quanto estamos nos saindo bem. Pode haver outras maneiras melhores de avaliar isso, mas o bom desta é que ela é simples e pode ser aplicada a qualquer um. No mínimo, a idade das pessoas dá a você uma pista sobre seus gostos musicais.
 
Você pode dizer que falar abertamente sobre a idade pode levar a mais discriminação, mas não acho isso. Não tratamos pessoas mais velhas e mais jovens do mesmo jeito, porque elas são diferentes.
 
A recusa em revelar o quanto uma pessoa é velha torna a discriminação ainda pior, uma vez que significa que aquelas que investiram em Botox ou ganharam na loteria genética e ainda estão em boa forma e os cabelos ainda não embranqueceram, saem-se melhores do que aquelas que estão grisalhas e com rugas.
 
Na semana passada, eu disse às jovens advogadas que quando alguns colegas mais velhos perguntassem suas idades, elas deveriam sorrir e responder: "Tenho 27 e você?".
 
A última vez que me perguntaram isso de maneira tão direta foi há quase uma década. Eu estava deitada em uma ambulância e um homem estava inclinado sobre mim, me dizendo que eu havia sofrido um acidente de bicicleta.
 
"Como você se chama?", ele perguntou. "Quem é o primeiro-ministro?" Respondi sem dificuldade. E aí ele disse: "Quantos anos você tem?". Após vasculhar meu cérebro, respondi como se tivesse desencavado uma informação de interesse considerável, ainda que obscuro: "Acho que estou na casa dos 40".
 
Agora, muito tempo depois que o "galo" na cabeça desapareceu, posso dizer com certeza que tenho 54 anos e meio. É uma idade muito boa para se ter.
 
Não é a idade que sinto ter (uma vez que isso diz respeito ao estado de espírito), mas ela diz alguma coisa. No mínimo, que entrei para a força de trabalho em tempos mais fáceis e ainda estou aqui.
 
Lucy Kellaway é colunista do "Financial Times". Sua coluna é publicada às segundas-feiras na editoria de Carreira
 

 Leia mais em:

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

10 DICAS PARA MELHORAR O SEU FOCO

 
Você precisa se preparar para uma tarefa que vai necessitar de toda a sua atenção, e não sabe o que fazer?
Todos nós enfrentamos dias em que temos que estar 100% despertos para realizar as nossas tarefas. Entretanto, nem sempre é fácil manter a concentração durante o dia inteiro. Se você precisa se focar, mas não sabe como, confira essas 10 dicas simples:
1 – TENHA UM PLANO
Ao invés de criar vários pequenos planos ao longo do dia, por que não começar o dia com um grande planejamento? Defina horário para as tarefas que precisam ser feitas e siga o máximo que você puder do que foi planejado. Caso você não seja fã de fazer planos, defina pelo menos as 3 maiores prioridades e tente finalizá-las antes do dia acabar.
2 – EVITE DISTRAÇÕES
Facebook, Twitter, celular – evite todos os sites ou aparelhos que possam atrapalhar a sua atenção. Caso você trabalhe com alguma função em que seja importante checar os e-mails frequentemente, separe momentos específicos para fazer isso. Não pare de fazer o que você está fazendo para ver o que está acontecendo no seu perfil do Facebook.
3 – LUGAR TRANQUILO
Se você trabalha em uma empresa em que há muitas pessoas andando e bastante barulho, peça para fazer a sua tarefa em uma sala mais isolada, ou até mesmo em casa. Por mais esforço que você faça, barulhos de passos e telefones tocando impedem que você se foque o máximo possível.
4 – USE UM CRONÔMETRO
Caso o deadline esteja muito próximo, ou você tenha muitas coisas para fazer em um só dia, defina uma quantidade de tempo para realizar cada tarefa e faça o máximo possível para terminar nesse tempo. Entre cada serviço finalizado, dê a si mesmo uma pausa de 10 minutos para descansar.
5 – DURMA
É essencial que você esteja descansado, pois sentir sono é o principal problema na hora de se concentrar. Tenha boas noites de sono e não durma muito tarde.
6 – CONHEÇA O SEU RITMO
Todos nós temos momentos do dia em que estamos mais produtivos. Descubra quais são os períodos do dia em que você está mais disposto e deixe para fazer trabalhos mais complexos nessas horas. Você irá perceber que a sua capacidade de resolver problemas e absorver conhecimento será muito maior.
7 – SEPARE O TRABALHO CHATO
Deixe para o final do dia, quando você está bem mais cansado, para fazer aquelas tarefas chatas e repetitivas. Assim, você não vai gastar a sua energia em coisas fáceis e não tão desafiadoras.
8 – OUÇA MÚSICA INSTRUMENTAL
Caso você esteja realizando alguma tarefa que envolve linguagem, como textos ou leitura, coloque um fone de ouvido e escute música instrumental. Ouvir músicas com letras é entendido pelo cérebro como uma atividade verbal e pode atrapalhar o seu trabalho.
9 – APROVEITE AS PAUSAS
É importante que você tire pausas ao longo do dia, mas é ainda mais importante que essas pausas sejam proveitosas. Durante os seus minutos livros, ande ao redor do quarteirão, beba água, coma alguma coisa e converse com outras pessoas. Atividades como essas fazem com que o seu cérebro se sinta descansado e pronto para mais tarefas.
10 – LIMPE A SUA MESA
Uma mesa bagunçada e com diversas coisas fazem com que seja difícil manter a concentração. Tenha uma mesa limpa e organizada e será muito mais fácil se focar no trabalho.
Fonte: Universia Brasil

19 Maneiras de Vencer a Procrastinação uma Vez por Todas

Nós todos procrastinamos. Às vezes não é uma coisa ruim, mas pode se transformar em algo mal e desagradável, se não formos cuidadosos. Experimente estas técnicas para destruir esse inimigo mortal de uma vez por todas.
 
1. Levante-se e mova
 
Uma das melhores maneiras de ” mudar de canal ” da procrastinação é mudar o seu cenário. Ao invés de sentar na frente do computador ou TV durante todo o dia, levante-se, faça alguns alongamentos, corra em lugares diferentes 2 a 3 vezes por semana, faça flexões, continue até o seu estado de espírito mudar e tomar rumo e gosto para novas coisas da vida.
 

2. Lembretes diários

Um lembrete diário (ou por hora), para que você fique atento (a) de que está trabalhando em algo e não pode perder o seu tempo (a menos que você tem tempo a perder). Você também pode escrever lembretes que lhe dão citações motivacionais.
 

3. Obter um amigo que tenha visão de crescimento

Não há nada como ter alguém do seu lado quando se trata de fazer com que suas metas sejam alcançadas. Se você começar a escorregar para a procrastinação, seu amigo vai te motivar você assim como você irá motivá-lo também.
 

4. Sinta-se responsável crie desafios e estabeleça metas

Compartilhe com alguém os seus desafios para poder parar de procrastinar. Contando para as pessoas mais próximas, você não somente obterá o apoio deles, como também, irá se sentir na responsabilidade de cumprir as metas estabelecidas.
 

5. Criar algo todos os dias

Não importa o que é. Obras de arte, fotos, vídeos, um jornal, algum código, qualquer coisa que você fica em um estado de espírito criativo.
 

6. Acorde cedo

Acorde cedo, planeja o que tem que ser feito para o dia e fique focado. Para muitas pessoas, elas conseguem desenvolver mais quando acordam cedo.
 

7. Vá dormir cedo

Você não pode acordar cedo e trabalhar bem se você não conseguir dormir mais cedo. Precisamos recarregar as energias, e estar cansado é definitivamente um motivador para continuar procrastinando.
 

8. Vida limpa e suave

 Às vezes, vemos que a vida é uma bagunça: coisas jogadas por todos os lados, não sabemos onde está a caneta e muito menos o papel! Uma desorganização total e só de olhar da desânimo de colocá-las no lugar. Mas, se você gastar 15 minutos por dia se organizando, você irá ver que esses 15 minutos fará uma diferença enorme. Se o desânimo bater, não tente fazer tudo de uma vez, comece fazendo um pouquinho todo dia e logo os resultados aparecerão.
 

9. Corte o cabo

Ficar sentado na frente de sua TV não é uma coisa boa (o tempo todo). Livre da procrastinação (bem como poupar algum dinheiro) livrando da sua TV a cabo. A vida é muito preciosa para ficar gastando tempo assistindo programas que não trarão benefício nenhum para sua vida.
 

10. Sem desculpas

Todos nós já ouvimos as desculpas. Então, ao invés de inventar novas desculpas, apenas sente e comece a trabalhar.
 

11. Siga a lista de tarefas

É difícil fazer outras coisas quando você não sabe o que deve ser feito. Tenha uma lista de tarefas com você para ter certeza de que você tem as coisas certas para fazer no momento certo.
 

12. Ter um sistema

Recomendamos, ESSE É O MOMENTO CERTO, FAÇA O QUE VOCÊ PRECISA FAZER AGORA! porque, você sabe, que precisa ser feito então não deixe para depois.
 

13. E-mails

Não gaste muito tempo checando e-mails, ficar parando checando muitos e-mails (principalmente e-mails pessoais), tomarão muito o seu tempo e colocará você em um estado de inercia, em um modo de “falta de ação”. Em vez disso, verifique as coisas mais importantes na sua lista de tarefas e comece a trabalhar. Só responda e gaste muito tempo em e-mails que são essenciais, caso contrário, não perca tempo.
 

14. Redes Sociais

Facebook , Twitter, Pinterest, e outros, desligar-se deles completamente para vencer a procrastinação. Concentre-se na tarefa em mãos. Ao menos que você use essas ferramantas para trabalho.
 

15. Defina um tempo

Uma boa maneira de começar a trabalhar é definir um tempo específico para se trabalhar. Se você faz o mesmo trabalho por muito tempo, você tem noção de quanto tempo irá gastar para fazê-lo. Nós falamos da lista de tarefa, e nela provavelmente você sabe quanto tempo você gasta para realizar cada tarefa.
 

16. Acompanhe-se

Uma das melhores maneiras de saber onde você está gastando seu tempo e encontrar tempo livre para vencer a procrastinação. Há uma série de aplicativos que lhe ajudam a monitorar como você gasta o seu tempo durante o dia. Nada de PARANÓIA! Apenas encontre onde você está desperdiçando a maior parte do seu tempo e busque mudar para algo de maior utilidade.
 

17. Identificar e enfrentar seu medo

Na maioria das vezes, quando procrastinamos criamos receios ou medos de lidar com determinada situações. Tente encontrar motivação e enfrente o medo. Fugir do medo, dói mais do que encará-lo.

18. Perceba que nunca será perfeito

Se você só consegue trabalhar em algo que é perfeito. Então está na hora de procurar outro planeta para poder morar. Nada é perfeito. Aprenda a tirar proveito das imperfeições e faça algo fantástico e real.
 

 19. Dê a você mesmo uma pausa

Não seja muito duro consigo mesmo, se você está tendo um momento difícil para superar a procrastinação. Lembre-se, você é humano e por mais que queremos conquistar algo, esse algo às vezes demora um pouquinho para ser conquistado. O importante é nunca parar lutar.

Moda masculina – 6 regras importantes


Por Daniel Billett

Todo homem já se perguntou em algum momento da sua vida sobre como combinar as meias com as calças e outras coisas do gênero. Eu listei seis regras importantes sobre a moda masculina que devem, pelo menos, esclarecer alguma confusão existente em relação a algumas coisas.

1. Sempre combine o cinto com os sapatos. Isto é uma boa regra a ser seguida e ela ajuda a simplificar as coisas. É melhor ficar com as cores tradicionais, como o preto, o marrom escuro, ou um belo bronze. Outras cores serão difíceis de combinar e, em geral, devem ser evitadas. Se normalmente você usa jeans e tênis, eu sugiro usar um cinto de tecido ou alguma coisa igualmente esportiva, mas evite usar cintos de couro com jeans e tênis. Se você usar suspensórios, permita-me perguntar por que. Todavia, nunca use suspensórios e cinto juntos. Ou é um ou é o outro.

2. Combinar gravatas e camisas. Por um tempo, camisas de uma só cor e uma gravata da mesma cor (ou de tonalidade ligeiramente diferente) foram vistas em todo lugar. Isso parece estar um pouco ultrapassado. Tente misturar um pouco as coisas e experimente as cores. As gravatas são muito boas para você se expressar, mas procure agir com bom gosto. Você não pode errar com listas diagonais, bolinhas modernas, xadrez e padrões sutis. Apenas certifique-se que a sua gravata combina com a sua camisa, terno, ou o que você estiver usando. Gravatas extravagantes devem ser evitadas, uma vez que estas coisas têm vida curta.
Nota: O nó das suas gravatas deve ser o que mais o agradar. Há diferentes maneiras de dar nó nas gravatas e há diferentes nós, que têm diferentes significados. Eu prefiro o nó Windsor, mas eu sugiro que você varie um pouco. E esqueça os prendedores de gravata.

3. Calças com vinco ou lisas. Por qual motivo muitos homens evitam as calças lisas foi sempre um mistério para mim. Elas me parecem mais bonitas, pelo menos na maior parte das vezes. Elas fazem você parecer menos magro. Eu ouvi dizer que alguns homens usam calças com vinco porque elas são mais confortáveis e que as calças lisas ficam melhor em corpos mais atléticos. A verdade é que a maioria dos homens pode usar calças lisas. Se você precisar de mais espaço, compre um tamanho ou pouquinho maior e peça para um alfaiate ajusta-la. Na maioria das vezes, isto pode ser feito na própria loja.

4. Meias. A principal regra sobre as meias é que elas devem combinar com as suas calças. Não necessariamente o mesmo tom, a não ser que você esteja usando preto. Eu prefiro usar meias com padrões de cores, como listas em várias cores. Mas, eu sempre tento combinar as minhas meias com as calças e os sapatos.
Nota: Obviamente, as meias brancas devem ser reservadas para a academia de ginástica.

5. Os relógios são o acessório mais importante que um homem pode usar. Eu sugiro investir num bom relógio, que esteja de acordo com o seu estilo de vida e o seu gosto. Todavia, se você gostar de usar mais de uma peça, use uma que combine com a sua roupa: pulseira preta com cinto e sapatos pretos; pulseira marrom com cinto e sapatos marrons; pulseira prateada com ambos. Veja o guia de relógios de homens para mais sugestões.

6. Os óculos são uma das poucas maneiras de você realmente se expressar. Eu uso óculos há muitos anos e gosto de ter uns pares de estilos diferentes. Eles não precisam necessariamente exercer uma função, mas eles podem melhorar a sua aparência. Faça o possível para achar um par de óculos que não apenas esteja de acordo com a forma da sua cara, mas que também expresse a sua personalidade.

http://blog.jorgitodonadellifootwear.com.br/moda/moda-masculina-6-regras-importantes/

Por que tudo custa tão caro no Brasil?

 
Os nossos preços estão entre os mais altos do mundo. Pagamos 3, 4 vezes mais por qualquer coisa. Mas o maior problema é que muita gente adora isso.
 
Estamos virando um país de contrabandistas. Veja o caso do iPad. Nos EUA ou na Europa, ele é importado também. Vem da China. Em tese, deveria custar quase igual em todos os países, já que o frete é mais ou menos a mesma coisa. Mas não. A versão básica custa R$ 800 nos EUA e Europa.
 
Aqui no Brasil a previsão é de que ele saia por R$ 1.800. No resto do mundo desenvolvido é raro o iPad passar de R$ 1.000. Triste é saber que isso vale para qualquer produto.
 
Numa viagem aos EUA é possível comprar um notebook que aqui custa R$ 5.500 por R$ 2.300, menos da metade do preço. De mesmo modo a pessoa pode trazer um videogame de R$ 500 que por aqui chega a custar R$ 2 mil em supermercados e lojas especializadas. E os carros, então? Um Corolla zero quilometro custa R$ 28 mil lá fora. Por aqui, pagamos mais de R$ 60 mil. E ele é tão nacional nos EUA quanto no Brasil, lembrando que a Toyota fabrica o mesmo carro nos dois países. 
 
Por que tanta diferença? Eis a questão. Primeiro, os impostos. Quase metade do valor de um carro (40%) vai para o governo na forma de tributos. Nos EUA os impostos são de 20%. Na China também se paga os mesmos 20% em impostos. Na Argentina, os impostos chegam a 24%. O padrão se repete com os demais produtos comprados lá fora.
 
Enquanto o padrão global é ter um imposto específico para o consumo, aqui são praticados 6 tributos: IPI, ICMS, ISS, Cide, IOF, Cofins. Ufa! Quantas siglas para morder o contribuinte e não gerar quase nada em retorno do governo central aos contribuintes em serviços, o qual é o maior abocanhador de impostos do mundo!
 
Essa confusão abre alas para uma sandice que outros países evitam: a cobrança de impostos em cascata. O ICMS, por exemplo, incide sobre o Cofins e o PIS. Ou seja: você paga imposto sobre imposto que já tinha sido pago lá atrás. Assim, tudo fica mais caro. E quando você soma isso ao fato de que não somos um país rico, o vexame é maior ainda.
 
Levando em conta o salário médio nas metrópoles e o preço das coisas, um cidadão de Nova York precisa trabalhar 9 horas para comprar um iPod Nano (R$ 256 lá). Nas maiores capitais do Brasil um iPod Nano equivale a 7 dias de trabalho do cidadão médio brasileiro (R$ 549).
 
A bagunça tributária do Brasil não é novidade. A diferença é que os efeitos dela ficam mais claros agora, já que existem mais produtos globalizados (Corolla, iPad, etc.) e o real valorizado aumenta o nosso poder de compra lá fora, pois quando a nossa moeda não valia nada, antes de 1994, era como se vivêssemos em outra galáxia - não era possível realizar qualquer tipo de  comparações.
 
Mas sozinho o imposto não explica tudo. Outra razão importante para a disparidade de preços é a busca por status. O mercado de luxo existe desde o Egito antigo. Mas no nosso caso virou aberração. Tênis e roupas de marcas populares lá fora são artigos finos nos shoppings daqui, já que a mesma calça que custa R$ 150 lá fora é vendida a R$ 600 aqui no Brasil.
 
O Smart é um carrinho de molecada na Europa, um produto popular. Aqui virou um “Rolex motorizado” - um jeito de mostrar que você tem R$ 60 mil sobrando. O irônico é que o preço alto vira uma razão para consumir a coisa. Às vezes, a única razão de consumo. Como realmente estamos ficando mais ricos (a renda per capita cresceu acima da inflação nos últimos anos), o que força uma demanda reprimida a buscar por produtos de preços irreais a qual continuará forte por um longo tempo.
 
Assim, os lucros crescentes do comércio com estes consumos crescem também. E as compras lá fora seguem no mesmo diapasão. 
 
O resultado mais sombrio disso tudo é o que os economistas chamam de doença holandesa que é a relação entre a exportação de recursos naturais e o declínio do setor manufatureiro, ou seja, o país enriquece vendendo matéria-prima “in natura” e deixa de fabricar itens sofisticados - importa tudo, comprometendo o futuro do país.
 
Os custos altíssimos no Brasil podem ser ainda atribuídos a uma série de fatores, incluindo gargalos de transporte que tornam caro levar os produtos aos consumidores, políticas protecionistas que blindam fabricantes brasileiros da concorrência, e um legado dos consumidores um pouco acostumados com inflação relativamente alta.
 
A infra-estrutura precária ajuda a encarecer os produtos: o transporte no país, por exemplo, depende muito das rodovias tornando muito mais caro transportar tudo ao invés da utilização de trens de custo mais barato, o que ainda resulta em perdas no processo de transporte. A isso se junta a ineficiências para atuar no país: o Brasil está em 130º no ranking de burocracia do Banco Mundial (quanto pior a colocação, mais burocrático é o país).
 
Tudo isso faz parte do Custo Brasil. Portanto, tudo isso é bizonho para um país que almeja o primeiro mundo.
 

RH - SPED FOLHA

A Escrituração Fiscal Digital (EFD) Social ou Sped Folha, como é mais conhecido, deve começar a ser implantado em janeiro do ano que vem, se a Receita Federal mantiver o cronograma prometido.
 
Mas segundo o Sescap de Londrina ainda são poucos os empresários que estão se preparando para poder cumprir as exigências deste sistema. ''As equipes precisam de treinamento e as empresas têm de usar este prazo para reverem os procedimentos adotados na rotina do departamento pessoal, para poder fornecer as informações pedidas pelo Sped Folha.
 
Para isso é necessário tempo e já estamos no segundo semestre do ano'', alerta o presidente do Sescap de Londrina, Marcelo Odetto Esquiante.
O Sped Folha vai detalhar as informações da folha de pagamento de todas as empresas, incluindo todos os pagamentos necessários à Previdência Social e independente do porte ou faturamento, abrangendo também as informações do Livro de Registro de empregados.
 
Os dados da Folha Digitalizada e Registro de Empregados serão armazenados em um cadastro único, e compartilhados por várias entidades do governo: Receita Federal, Ministério do Trabalho, Previdência Social e Justiça do Trabalho.
Apesar das empresas já estarem familiarizadas com o Sped, toda mudança impõe novas rotinas.
 
Com o Sped Folha, explica Esquiante, as empresas vão precisar ser mais ágeis no levantamento e fornecimento de informações que será mensal.
 
Provavelmente as informações como contratação e rescisão de funcionários, seriam tratados como eventos do Sped, tal qual a Nota Fiscal Eletrônica.
 
Isso quer dizer que, quando a empresa contratar ou demitir um funcionário, deverá gerar e transmitir um arquivo XML com assinatura eletrônica para os órgãos responsáveis em tempo real.
Para tanto as empresas vão precisar investir em novos equipamentos e provavelmente na contratação de mais profissionais, além de consultoria.
 
Para o presidente do Sescap o custo deste investimento é uma das principais razões pelas quais os empresários têm adiado o início dos preparativos.
 
 ''O Sped Folha vai valer para todos. Para as micros e pequenas empresas a sua implantação será um peso a mais que vem se somar a todos os custos que vêm sendo impostos nos últimos anos para facilitar a fiscalização e aumentar a arrecadação'', avalia.
Apesar do custo, Esquiante acredita que, se o governo cumprir a promessa de, com o Sped Folha, reduzir as obrigações acessórias, o resultado será positivo para as empresas.
 
Com a sua implantação, vários arquivos mensais e anuais, que são obrigatórios hoje, deixariam de existir.
 
O Manad - manual onde constam todas as informações necessárias para a geração do arquivo digital a ser apresentado à Secretaria da Receita Previdenciária - e o Sefip - Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social -, para fins de fiscalização e pagamentos de benefícios previdenciários, serão os primeiros a serem eliminados.
 
O Sefip para fins de recolhimento do FGTS permanece, mas o Caged, Rais e a Dirf, entre outros, também estão na lista dos que perdem a funcionalidade com o Sped Folha.

 Uma das possibilidades que o Sped Folha traz é o fim do número do PIS, que passaria a ser acessado através do próprio número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

DICAS DE EXCEL



 
http://blog.gurudoexcel.com.br/formatacao-personalizada-de-numeros/?goback=%2Egde_2283858_member_5804947878795304964#%21

FÁBULA: ÁGUIA – TRANSFORMAÇÃO E RENOVAÇÃO

             
A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie.

Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.
Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e, voar já é tão difícil!
Então, a águia só tem duas alternativas: morrer… ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir
arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas.
 
Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.

 E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.
 
 (texto encontrado na internet, sem autor).
 

domingo, 3 de novembro de 2013

Blurring: brasileiros são os que mais misturam vida pessoal e profissional

Uma pesquisa realizada no final de setembro pelo Instituto Ipsos apontou que os brasileiros estão entre os que mais misturam a vida pessoal e profissional. O estudo mostrou que 74% dos brasileiros carregam seus computadores, smartphones e tablets durante as férias ou fins de semana, contra 47% dos britânicos ou 50% dos alemães.

Também foi apontado que 92% dos chineses e 83% dos brasileiros pensam que o “blurring”, termo em inglês que define a mistura entre vida profissional e pessoal, facilita o trabalho. Nos demais países, a opinião foi compartilhada por cerca de 70% dos pesquisados.
 
Para Christian Barbosa, especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade e CEO da Triad OS, um dos fatores que contribui para as pessoas trabalharem por mais horas são as interrupções, que derivam da falta de planejamento do profissional e ocasionam as horas extras. Além disso, outra postura comum é que o brasileiro costuma dar o seu famoso ‘jeitinho’ até mesmo na hora de trabalhar, e muitos costumam deixar as tarefas para entregar na última hora.
 
“O trabalho é infinito, ele sempre vai estar lá com coisas novas, oportunidades e demandas inesperadas. Em compensação, nosso tempo é finito. Ou seja, se você não limitar seu trabalho ele vai roubar todo o tempo que você tem. São proporções totalmente díspares”, observa o especialista.

Como trabalhar de forma equilibrada

Segundo a consultora Roseli Penteado, o ideal é separar tempo para cada uma das atividades, e não misturá-las.
 
O planejamento e as soluções criativas podem resolver este problema, mas é necessário que o profissional se conscientize de que todos possuem dificuldade em encontrar a conciliação entre as partes. “É importante também não aceitar esta dificuldade de separar sua vida pessoal da profissional como desculpa para deixar as coisas que você mais gosta de lado. O sucesso profissional não é a única prioridade da sua vida”, garante Roseli.
 
Abaixo, o especialista Christian Barbosa indica algumas ações que podem tornar as jornadas de trabalho versus pessoal mais proveitosas:
 
Coloque você na agenda. Crie compromissos e tarefas relacionadas a papeis e relacionamentos importantes da sua vida. Crie o papel EU S.A. e planeje ações que possam satisfazer o seu eu, coisas que você gosta, que vão fazer você se sentir bem e mais energizado. Comece se perguntando o que eu quero fazer de importante para mim? Bloqueie um horário na sua agenda e faça uma reunião com você. Leve esse você S.A. para passear, ou assistir aquele filme, ouvir aquela música ou apenas escutar o que ele quer dizer de importante.
 
Limite seu horário de trabalho. Quando realmente queremos ou precisamos fazer algo sempre conseguimos sair no horário não é verdade? Assuma o compromisso de ser produtivo e eficaz nas horas de trabalho normais, para isso seja focado e organizado. Comece compreendendo que equilíbrio entre pessoal e profissional está relacionado a viver seu tempo com sabedoria. Se ficar tempo demais em uma determinada área da vida, outras áreas ficarão deficientes. Limite inclusive MSN, Facebook, entre outros. Autodisciplina é fundamental para viver bem o tempo.
 
Escreva sua missão de vida. Quem tem um propósito na vida caminha com passos mais firmes, decididos e não perde tempo. A vida e o nosso tempo só começam a ter sentido quando temos uma direção a seguir. Quais são os seus sonhos? Não quer começar a vivê-los? Sempre há tempo de começar, ou de recomeçar. Escrever dá forma aos nossos sonhos e permite que reflitamos sobre o que verdadeiramente é importante em nossa vida.
 
Escreva suas principais metas. Estabeleça metas claras tanto pessoais quanto profissionais, isso ajuda a ter atividades mais pertinentes e ações mais focadas nos resultados. Indivíduos que possuem metas, são mais produtivos e diminuem as circunstancias indesejáveis. Mantenha suas metas escritas em algum lugar onde possa lê-las, de preferência todos os dias. E não basta apenas escrevê-las e lê-las, crie ações para atingi-las e coloque em sua agenda.
 
Ache um hobby. Encontrar algo que gostamos muito de fazer nos dá mais disposição e energia para enfrentar o dia-a-dia. E se conseguir transforme seu hobby em sua profissão, ou sua profissão em seu hobby. É como o filósofo chinês Confúcio dizia: “Escolha um trabalho que você ama e nunca mais irá trabalhar na vida”. Se você ainda não escolheu um trabalho de amor ou que ame, comece escolhendo um hobby.
 
Primeiro você depois os outros. Quando você começa a realizar suas prioridades, alcançar suas metas e viver seu tempo focado no importante é incrível como sua disposição e energia aumentam. A verdade é que só conseguimos ajudar os outros de fato quando ajudamos primeiro a nós mesmos. Por isso, para ter mais tempo, comece fazendo coisas que você gosta que trazem resultado. Assim terá mais tempo para viver os relacionamentos importantes em sua vida. E sua alegria e produtividades servirão de exemplo aos outros.
 
Equilibre seus 4 corpos. Algumas filosofias ensinam que temos 4 corpos. O corpo físico, o metal, o emocional e o espiritual. O que você tem feito para contemplar cada um desses aspectos do ser? Estabeleça um equilíbrio entre esses 4 corpos. Faça atividades que trarão saúde e bem estar relacionados a cada corpo. Dedique tempo para exercícios físicos, estar com pessoas amadas, estudar, rezar, meditar. Pense em cada corpo e em coisas que eles precisam que sejam feitas para eles. Agende e cumpra, eles vão te recompensar com muita energia e disposição.

sábado, 19 de outubro de 2013

Tudo que você precisa saber para encarar uma temporada de resultados sem sustos - InfoMoney


 
SÃO PAULO - Mais uma temporada de resultados trimestrais começa para as empresas listadas na Bovespa nesta semana, e, com isso, uma nova oportunidade surge para o iniciante aprender um pouquinho mais sobre o mercado de ações e como operar em um momento tão sensível da bolsa. Depois de um trimestre de trabalho, todas as companhias de capital aberto têm o dever de prestar contas com seus investidores e com o órgão regulador da bolsa brasileira - a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - sobre suas receitas, lucros, despesas e muito mais.

As DREs (Demonstrações de Resultado do Exercício), como são conhecidas pelo mercado, são relatórios de suma importância para o investidor, que tem nelas uma espécie de "raio X" dos negócios das companhias em que ele apostou para o trimestre. Saber avaliar o desempenho de uma empresa e compará-la com seus pares é essencial para fazer boas operações na bolsa e não cair do cavalo a cada três meses, quando são divulgados os balanços corporativos.

Para entender além do lucro líquido, o InfoMoney preparou uma lista com os principais termos que você precisa saber antes de mais uma temporada de resultados no mercado financeiro. Confira:


Saber avaliar o desempenho de uma empresa e compará-la com seus pares é essencial para fazer boas operações na bolsa (Getty Images)

Ativo - Termo que determina propriedades ou itens de valor possuídos por uma empresa ou pessoa. No caso das empresas, representa todos os itens (caixa, estoques, créditos, imóveis, equipamentos, investimentos etc.) que a empresa possui e que estão contabilizados em seu balanço patrimonial.

Amortização - Parcela da prestação paga periodicamente (em geral mensalmente) referente à redução do saldo devedor do financiamento. Através da amortização, o valor total da dívida cai, de forma que ao longo do financiamento as prestações tendem a diminuir, pois a parcela referente à amortização do saldo devedor diminui.

Balanço Patrimonial - Demonstração financeira que detalha e quantifica os ativos, passivos e patrimônio de uma empresa. Em termos de unidades monetárias, o balanço mostra o que a empresa possui (ativos), o quanto deve (passivos), o quanto seus acionistas já investiram na empresa (capital) e o quanto ganhou ou perdeu desde sua abertura (reserva de resultados). O balanço apresenta estas informações em uma determinada data, como último dia de um trimestre, semestre ou ano.

Benchmark - Termo que vem do inglês e define o processo usado para avaliar o desempenho de um ativo financeiro em relação ao desempenho de outros ativos financeiros identificados como sendo os de melhor desempenho no setor (ou categoria de investimento). O objetivo do benchmark é o de efetuar uma análise comparativa dos procedimentos adotados pela empresa com aqueles adotados pelos seus concorrentes, na tentativa de melhorar seu desempenho.

Break even point (ponto de equilíbrio) - Termo que se refere à situação em que todas as receitas equivalem ao total de gastos (custos e despesas). Desta forma, o lucro final é igual a zero. Costuma-se dizer que, quando o resultado da empresa fica neste patamar, ela "empatou" - nem lucrou, nem ficou no prejuízo.

Capex (Capital Expenditures) - Investimentos necessários para a produção da empresa. Inclui gastos com máquinas, equipamentos, edificações ou outros ativos que contribuam nas operações da empresa em diversos períodos.

Capital de giro - Termo que se refere ao capital (próprio ou de terceiros) utilizado pela empresa para o financiamento da sua produção como, por exemplo, o dinheiro usado para pagar fornecedores.

Comparação anual - Toda divulgação de resultados costuma trazer, além dos números do período analisado, dados de épocas anteriores para que seja feita uma comparação. No caso deste tipo de comparativo, a avaliação costuma ser mais fiel pelo fato de evitar que efeitos sazonais distorçam a análise. No entanto, ela pode ser muito espaçada para alguns tipos de avaliações mais pontuais.

Comparação trimestral - Ao contrário das comparações anuais, as trimestrais analisam um período mais curto, e, portanto, possibilitam avaliações mais pontuais sobre os efeitos de fatores mais específicos sobre os resultados mais recentes.

CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, criada em 1976 para fiscalizar e disciplinar as operações ou valores mobiliários e demais assuntos inerentes ao mercado de títulos. Desta forma, a CVM disciplina o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação das partes envolvidas, como as companhias abertas, os intermediários financeiros e os investidores, além de outros cuja atividade gira em torno desse universo principal. Dentre as responsabilidades das CVM estão o registro de companhias abertas; credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; organização, funcionamento e operações das bolsas de valores; administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações.

Debêntures - títulos de renda fixa de longo prazo (ou seja, com prazo acima de um ano) que são emitidos por empresas e podem ou não ter como garantia algum tipo de ativo. Sua finalidade principal é financiar os projetos de investimento ou alongar dívidas da empresa. As debêntures podem ser emitidas com uma cláusula de conversibilidade, ou seja, se o título não for pago no final do período, poderá ser convertido em uma quantidade correspondente de ações da empresa. Embora a grande maioria das debêntures seja considerada como títulos de renda fixa, algumas podem ser consideradas como títulos de renda variável, desde que a remuneração oferecida seja com base na participação nos lucros da empresa emissora.

Depreciação - Débito que tem como objetivo reduzir o valor contábil de um determinado ativo. Este lançamento busca representar contabilmente a perda de valor de algum ativo em decorrência do uso, da ação do tempo, da obsolescência tecnológica ou redução no preço de mercado. Por ser um lançamento contábil, a depreciação não tem efeito direto no caixa da empresa.

Despesa de capital - Termo usado para definir os gastos incorridos por uma empresa na compra de um ativo (tangível ou não), sendo que os benefícios a serem obtidos com este ativo só são esperados para um período superior a um ano. Fazem parte desta categoria de despesas os gastos com ativos fixos, com pesquisa e desenvolvimento, e até mesmo, em alguns casos específicos, os gastos com propaganda.

Despesas operacionais - Soma de todas os custos e despesas incorridos pela empresa no curso de suas atividades. Entre as despesas operacionais mais comuns estão as despesas com pessoal, as despesas com vendas e as despesas administrativas. No Brasil, as despesas financeiras também estão incluídas entre as despesas operacionais, o que não ocorre na maioria dos demais países, onde elas estão abaixo da linha de resultado operacional.

Dívida bruta - Soma de todas as obrigações financeiras (empréstimos, debêntures, etc.) de uma empresa, sejam elas de curto ou longo prazo.

Dívida líquida - Dívida bruta subtraída pelas disponibilidades da empresa, ou seja, a soma dos instrumentos que podem ser considerados como papel moeda.

Dividendos - Pagamento efetuado pela empresa aos seus acionistas através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa, subdividido de acordo com as diferentes classes de ação. O montante, a ser pago em dinheiro e de forma proporcional à quantidade de ações possuídas, deve ser decidido pelo Conselho Administrativo da empresa e, em geral, é pago anualmente, semestralmente ou trimestralmente. Pela Lei das S.A., deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado em cada exercício.

DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) - Demonstração financeira que detalha e quantifica as receitas e despesas de uma empresa. Em termos de unidades monetárias, o demonstrativo de resultados mostra o que a empresa recebe, o quanto gasta e o resultado de suas operações. O demonstrativo de resultados apresenta estas informações em um determinado intervalo de tempo, sendo que as empresas listadas são obrigadas a publicar demonstrativos trimestrais e anuais.

Ebit (Lucro antes de juros e impostos) - Sigla que vem do inglês "Earnings Before Interest and Taxes". Em português, significa lucro antes de juros e impostos e pode ser substituído pela sigla LAJIR.

Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) - Sigla que vem do inglês "Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization". Em português significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização e pode ser substituído pela sigla LAJIDA.

Fluxo de Caixa - Termo usado para denominar o demonstrativo de origem e aplicação de recurso divulgado pelas empresas, e que tem periodicidade anual. Este demonstrativo ilustra as origens do aumento do caixa da empresa, assim como as formas como estes recursos foram aplicados. O termo também pode ser usado em referência a um indicador de análise financeira que, através de elementos do demonstrativo de resultado, estima qual é a geração de caixa da empresa. Neste caso, o fluxo de caixa da empresa é estimado como sendo o lucro líquido da empresa mais depreciação e amortização no mesmo período.

Guidance - Informação que uma empresa de capital aberto fornece ao mercado, como uma indicação ou estimativa de desempenho futuro desta empresa. Esta informação serve para orientar os investidores e demais participantes de mercado sobre os rumos que a empresa espera seguir nos próximos trimestres. Em geral, estimativas para números como faturamento, lucro líquido e geração operacional de caixa são divulgadas, de forma transparente e simultânea ao mercado. O Guidance é uma importante ferramenta dentro do contexto de governança corporativa, contribuindo para evitar um acesso diferenciado a informações por parte de grupos de investidores, ou seja, democratiza a informação ao divulgá-la para o mercado como um todo.

Hedge - Termo que vem do inglês e que significa salvaguarda. Também denomina administração do risco como, por exemplo, o ato de tomar uma posição em outro mercado (futuros, por exemplo) oposta à posição no mercado à vista, para minimizar o risco de perdas financeiras em uma alteração de preços adversa.

Intangível - São ativos que não apresentam existência física, como softwares, marcas, patentes.

Itens não-recorrentes - Eventos que impactam nos resultados analisados, mas que não costumam ocorrer com frequência. Na última temporada de resultados, tivemos o exemplo das manifestações populares de junho, que minaram o desempenho de diversas companhias no trimestre.

Liquidez - Usado para definir a capacidade que esta empresa tem de gerar recursos que podem ser rapidamente transformados em papel moeda. Assim, a liquidez de uma empresa é função da sua disponibilidade de caixa, e dos títulos negociáveis e ativos circulantes que possui.

Lucro bruto - Receita líquida menos custos.

Lucro líquido - Lucro operacional menos resultado financeiro e impostos. É o lucro disponível aos acionistas, ajustado para eventuais despesas ou receitas extraordinárias. É um dos principais itens do demonstrativo de resultados analisado pelos analistas.

Lucro operacional - Lucro bruto menos despesas operacionais.

Magem bruta - Percentual da receita líquida que se tornou lucro bruto - ou Lucro Bruto/Receita Líquida.

Margem Ebitda - Percentual da receita líquida que se tornou Ebitda - ou Ebitda/Receita Líquida.

Margem líquida - Percentual da receita líquida que se lucro líquido - ou Lucro Líquido/Receita Líquida.

Mensagem da administração - Única parte do relatório de resultados da empresa que não é auditada. Na mensagem, normalmente assinada pelo CEO (Chief Executive Officer), vice ou diretor de RI (Relações com Investidores), a companhia interpreta seu desempenho no trimestre, justifica resultados, além de fazer algumas projeções sobre o que o investidor pode esperar nos próximos meses.

Passivo - É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos. Situa-se no lado direito do Balanço Patrimonial e é dividido entre passivo circulante, passivo não-circulante e patrimônio líquido.

PL (Patrimônio Líquido) - Um dos componentes do balanço patrimonial de uma empresa, o patrimônio líquido ou valor patrimonial reflete a soma do capital social realizado, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucro e lucro ou prejuízo acumulados período. O total de ativos de uma empresa equivale à soma de todos os seus passivos mais seu patrimônio líquido.

Período de silêncio - Período em que as empresas devem limitar as informações que passam ao mercado antes da divulgação de balanços.

Receita bruta - Equivale às vendas totais. Representa o faturamento bruto da empresa, antes de qualquer dedução ou desconto.

Receita líquida - É a receita bruta menos impostos indiretos e devoluções. É utilizado para o cálculo de margens.

Reuniões Apimec - Encontros promovidos pelas empresas, em parceria com a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), com o intuito de aproximar as empresas, analistas, grupos investidores e até pessoas físicas interessadas em ingressar no setor. Apesar de alguns traços em comum com as teleconferências pós-divulgação de resultados, as Apimecs não se restringem a resultados recentes. Elas também envolvem controle da empresa, composição de capital social, dividendos, responsabilidade, entre outros.

ROI (Retorno de Investimento) - Indicador usado na análise de projetos, que é calculado dividindo-se o ganho obtido com o projeto sobre o montante aplicado nele. Na área de marketing, refere-se ao retorno em termos de vendas sobre o investimento em propaganda, publicidade e anúncios.

Teleconferência de resultados - Normalmente, acontecem no mesmo ou um dia após a data da divulgação dos resultados trimestrais. Nas teleconferências, as empresas estabelecem contato com seus investidores e analistas, comentando o desempenho dos últimos três meses e respondendo às perguntas dos participantes.

Vendas "mesmas lojas" - Importante critério de avaliação para empresas que trabalham com pontos de venda - sobretudo para as varejistas. Neste quesito, são consideradas as vendas feitas em pontos abertos há pelo menos um ano. Com isso, o aumento no número de franquias não compromete a comparação entre os resultados vigentes e os registrados em períodos anteriores.

Para conhecer outros termos, visite o Glossário InfoMoney.