sábado, 10 de agosto de 2013

Mudança de Hábitos

Por Maico Sullivan, especialista em finanças | @sullivanmaico
 
 
Quem já fez ou está fazendo uma dieta vai me entender. Não quero falar de padrão de beleza ou coisa do gênero, mas sim de bem estar, qualidade de vida e mudanças de hábitos. Uma dieta normalmente começa quando a pessoa cai na realidade de que passou dos limites. Nessas horas, o desespero por estar acima do peso faz com que a mesma fuja da realidade. Por conta do desespero, começam os regimes milagrosos. É só procurar no Google e pronto, milhares de receitas infalíveis para se perder peso.
 
Depois de escolher a receita certa vem à próxima etapa, o corte radical de alimentos. Nada de doce, nada de carboidratos, e assim vai. Junto com o corte radical, vem a necessidade compulsiva de se pesar todos os dias. Cada grama é controlada para que se possa identificar a evolução do plano de ação. Duas, três, quatro semanas e o resultado é irrisório. O esforço é tremendo, o resultado não é significativo. A pessoa se deprime e se acaba em uma caixa de bombons ou em um pote de sorvete.
Em nenhum momento passa pela cabeça da pessoa em procurar ajuda especializada, consultar com um nutricionista, fazer exames médicos, acompanhamento de um personal trainer… Nem mesmo objetivos claros e metas específicas são elaboradas para que se possa planejar e controlar a missão de perder peso.
 
Alguma semelhança pode ser vista com o planejamento financeiro pessoal? Auxilio de profissionais, objetivos, metas, planejamento… Tudo se encaixa.
 
A questão está nos seus hábitos
 
Seja uma dieta ou a gestão do seu dinheiro, ambas irão mexer na forma como você vive. Você vai acabar deixando de comer o que gosta, ou de comprar alguma coisa para gerenciar seus gastos ou seu peso. A questão está em não ser radical. Como disse no último texto aqui, radicalizar pode ser um atalho para a desistência.
 
O segredo está sempre, sempre, no planejamento. Não importa se você quer economizar 2 mil ou 500 mil, se quer perder 2 ou 20 Kg. Apenas planejando sua rotina, elaborando objetivos palpáveis, metas possíveis de alcançar e um plano de ação bem coordenado será possível adaptar seus hábitos aos poucos, sem gerar impactos negativos com a mudança, sem estresse e sem desistências.
 
Como diria Sun Tzu, “com muitos cálculos se ganha a batalha. Com poucos cálculos se perde”.

Fábula: Porcos Espinhos

 
Durante uma era glacial, muito remota, quando o Globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem as condições do clima hostil.
 
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.

Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito…….
 
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram a longa era glacial. Sobreviveram.
 
“Quanto mais nos ocupamos com a felicidade dos outros, maior passa a ser nosso senso de bem-estar. Cultivar um sentimento de proximidade e calor humano compassivo pelo outro, automaticamente coloca a nossa mente num estado de paz. Isto ajuda a remover quaisquer medos, preocupações ou inseguranças que possamos ter, e nos dá muita força para lutar com qualquer obstáculo que encontrarmos. Esta é a causa mais poderosa de sucesso na vida.”

A comunicação para o sucesso de um líder

A internet, sem dúvida, mexeu com muitos campos sociais. Entre eles, um especial é o campo profissional, não apenas no que tange aos meios de produção ou às ações, mas também à relação interpessoal entre gestores e colaboradores dentro do local de trabalho. 
No passado, os gestores detinham a autoridade e diziam aos seus comandados o que precisava ser feito. Com a velocidade da internet e a globalização, na qual inúmeras decisões cruciais devem ser tomadas em poucos minutos, a necessidade de delegar passou a ser primordial para o bom andamento da empresa e a boa comunicação oral, instrumento de grande valia aos líderes.

Peter Drucker – escritor, professor e consultor austríaco, considerado pai da administração moderna – disse certa vez que “o líder do passado era uma pessoa que sabia dizer. O líder do futuro é uma pessoa que sabe perguntar”. Entre esses dois, temos o líder do presente, que tem como desafio saber o que, quando e como falar e, ao mesmo tempo, gerar e manter um grupo de colaboradores pensantes ao seu redor, fazendo-lhes perguntas que os desenvolva a refletir e pensar em ações e soluções.

Um dos primeiros erros cometidos por quem quer aprimorar a comunicação empresarial diz respeito ao momento e a maneira de elogiar a sua equipe. Primeiramente, é importante salientar que nem só de elogios vive uma equipe motivada, mas de claros, transparentes, constantes e educados feedbacks. É importante que o líder diga sempre o concreto, o real, o fato. No caso de algum colaborador ficar quieto em uma reunião, por exemplo, deve ser dito qual era a postura esperada e questioná-lo o que ele pode fazer para melhorar o desempenho.

No que tange ao modo de se fazer um elogio, esperar que algo extraordinário aconteça ou elogiar em demasia pode não trazer os efeitos esperados. Na verdade, o gestor deve se colocar no lugar do colaborador, valorizar o esforço que este fez para atingir determinado resultado e lembrar que o liderado está em desenvolvimento e que possui experiência menor que a do líder.

Outro equívoco cometido com frequência é valorizar objetos e acontecimentos ao invés do profissional. Assim, no lugar de dizer que a reunião foi brilhante, é mais saudável dizer que a pessoa conduziu a reunião de maneira brilhante e tratou de todos os temas acordados; o relatório ou manual também não está sem erros, mas que o responsável desenvolveu o relatório com dados completos e que refletem a realidade do mercado, por exemplo.

Por fim, é importante que o líder mantenha um respeito por si próprio, ou seja, que possa valorizar e potencializar o que ele tem de melhor dentro de si, compartilhando esses valores com sua equipe e preparando novos líderes para sua sucessão na empresa. Afinal, se a empresa não está gerando novos líderes, pensantes, qual o futuro que se pode esperar?

Mariella Gallo - fundadora da empresa Coach Mariella Gallo.

O gestor e o drama provocado pelo funcionário difícil

Todos nós teremos de lidar com funcionários  difíceis durante nossa carreira.
 
E você pode até levantar as mãos para o céu e  perguntar:
 
 “Ai, meu Deus, por quê? POR QUÊ??!!”
 
Bom, primeiro, porque  inevitavelmente essa categoria de funcionário sempre existirá. Segundo, porque,  afinal, é seu trabalho como gerente lidar com os mais diferentes tipos de  bombas-relógios. E pode ter certeza de uma coisa: se não lidar com o problema,  isso só vai piorar a situação. Vai por mim.
 
Aí, você pode perguntar: “Mas por que funcionários difíceis são assim?”.
 
Diria que simplesmente porque esse é um comportamento que, para eles, têm  funcionado ao longo do tempo. Talvez não conheçam outra forma de agir, ou talvez  escolham essa forma de proceder porque consideram que será a mais efetiva. Mas  posso lhe garantir que você só terá êxito ao lidar com um funcionário difícil na  medida em que fizer com que esses comportamentos indesejáveis não sejam mais  efetivos para ele. Veja, de certa forma, é como lidar com crianças. Se, cada vez  que uma criança gritar, seus pais lhe derem um chocolate, o que a criança vai  fazer quando quiser um chocolate? Vai gritar, claro! O mesmo acontece com o  funcionário que explode quando alguém discorda dele. Quando faz isso, as pessoas  param de discordar dele, e aí ele pensa que venceu…
Na sequência, você questiona: “E como um gerente lida com funcionários  difíceis?”
Posso compartilhar um passo a passo que fui  aprimorando ao longo da minha carreira, com base em tentativa e erro, nos mais  diversos feedbacks e conselhos que recebi, tanto de colegas quanto de chefes e  mentores que tive, e numa série de livros e artigos que li. Pode não ser uma  fórmula que se encaixe no modo como você enxerga as coisas, mas certamente será  útil para refletir sobre o tema:
 
– Faça um diagnóstico
É importante, ao lidar com funcionários difíceis, agir com rapidez. Quase  sempre você terá de agir de imediato para neutralizar uma situação perigosa.  Entretanto, não se deixe levar pelas emoções, mas, sim, pense  antes de agir. Em outras palavras, se um funcionário vem trabalhar com uma arma,  você vai precisar agir com maior rapidez que quando alguém reclama de que outro  funcionário sempre assume o crédito pelo trabalho dele. Em cada caso, dedique o  devido tempo para avaliar a situação antes de agir. Você não vai querer piorar  as coisas, certo?
Faz parte do processo reconhecer que a maior parte dos funcionários pode ser “difícil” de tempos em tempos. Isso pode ser causado pelo excesso de estresse no  trabalho ou fora dele. Alguns funcionários são difíceis com mais frequência que  outros. E tenha em mente que nem sempre seus funcionários menos produtivos são  aqueles mais difíceis. Portanto, invista um tempo para avaliar cada situação  pela singularidade do momento em que ocorre.
 
– Assegure-se de um dever de casa benfeito
Sempre aja sobre fatos. Não baseie suas ações em fofocas ou rumores. A pessoa  que espalha uma fofoca já é, por si só, um caso de funcionário difícil. Se você  não viu o comportamento inadequado com os próprios olhos, investigue  cuidadosamente. Pergunte às pessoas que estão deveras envolvidas. Colete todos  os fatos que puder antes de agir. E não utilize o fato de não ter visto o  comportamento inadequado como uma desculpa para postergar uma ação sobre a  questão. É importante agir prontamente.
Ah, e antes que eu me esqueça, assegure-se também de que você não faz parte  do problema. Vai ser muito mais complicado permanecer calmo e imparcial ao  confrontar o comportamento difícil, se você for parcialmente responsável. Se for  esse o caso, certifique-se de estar consciente de seu papel na questão, ao menos  para si mesmo.
 
– Elabore um plano
Você é um gerente. Sabe o valor do planejamento, e essa situação não é  diferente. É necessário planejar o momento do confronto. Você precisa escolher  um local quieto e privado, onde não será interrompido. É necessário decidir se  deseja ter outras pessoas presentes à reunião, alguém do RH, por exemplo. E aí,  quando estiver preparado, é hora de agir. Como disse anteriormente, não é  preciso agir impulsivamente, mas é fundamental agir com rapidez. Quanto mais  tempo um comportamento inadequado for permitido, mais difícil será modificá-lo  ou coibi-lo.
 
– Confronte o problema
Não deixe para mais tarde. Pode não ser agradável, mas é uma parte importante  do seu trabalho. Tenha certeza de uma coisa: a questão não vai se resolver  sozinha (como muitos acreditam) e só tende a piorar. Você já planejou esse  confronto, agora é hora de executá-lo.
 
– Lide com o comportamento, não com o indivíduo
Sua meta é construir uma solução, e não “vencer”. Foque no comportamento  inadequado. Não ataque o indivíduo. Afirme seu desejo coletivo. Use “eu  preciso de todos do time para alcançar nossas metas”, em vez de acusações  personalizadas, como “você está sempre atrasado”.
Não assuma que o comportamento inadequado é causado por uma intenção  negativa. Ela pode ser originada por medo, confusão, falta de motivação,  problemas pessoais etc. Inclusive dê ao funcionário uma chance de criar uma  solução para o problema. Ele tende a se apropriar mais da solução se for  responsável pela sua elaboração, mesmo que de forma parcial.
 
– Tente deduzir a motivação por detrás do comportamento Na medida em que conversa com o funcionário difícil, ouça  atentamente o que ele diz. Permaneça calmo e também positivo, mas mantenha-se  imparcial e evite julgar. Faça perguntas que não possam ser respondidas  monossilabicamente. E, por favor, não interrompa.
Quando responder ao funcionário difícil, permaneça calmo. Resuma novamente o  que ele acabou de falar: “então o que eu entendi do que você disse é que…”, de  forma que ele saiba que você está efetivamente escutando. Se puder determinar  qual é a verdadeira causa desse comportamento inadequado, você terá uma chance  bem maior de encontrar uma solução. Algumas vezes, esses confrontos vão evoluir  tranquilamente para um final feliz, ou pelo menos de forma rápida. Outras vezes,  vão ser necessárias várias reuniões até o problema ser resolvido.
 
– Repita enquanto for necessário
Problemas menores, tais como chegar tarde, você vai poder resolver num  simples bate-papo com o funcionário na sua sala. Um problema de bullying no departamento – para quem tem utilizado esse comportamento  com êxito desde o pré-escolar – pode necessitar de mais de um confronto antes de  uma solução ser encontrada. Seja paciente. Não espere sempre resultados num  estalar de dedos. Almeje o aprimoramento contínuo em vez de tentar obter um  êxito instantâneo.
 
– Saiba quando o caso está além de sua “jurisdição”
Algumas vezes, a questão subliminar com um funcionário difícil vai estar além  da sua capacidade. O funcionário pode ter problemas psicológicos que demandem  ajuda profissional, por exemplo. Perceba quando vale continuar tentando e quando  é necessário encaminhar o funcionário para uma ajuda especializada. Muitas  vezes, um processo de coaching pode elevar o nível de consciência do funcionário  difícil e o compromisso dele de neutralizar comportamentos pouco efetivos e  alavancar outros mais eficazes.
 
– Saiba quando você chegou ao fim da estrada
Apesar de a meta ser sempre alcançar uma solução mutuamente aceitável, que  resolva o comportamento inadequado do funcionário difícil e mantenha o seu time  no modo de alta performance, nem sempre isso é possível. Quando você alcança um  impasse e o funcionário não está disposto a mudar seu comportamento, aí você  precisa iniciar os procedimentos de desligamento de acordo com a política de sua  empresa.
Finalmente você diz: “Oba! Demos assim uma solução ao drama, certo?”
Correto. O resultado desejado, ao confrontar o comportamento inadequado de um  funcionário difícil, é um acordo em prol de uma solução. Você sabe que esse  comportamento vai continuar, a não ser que você e o funcionário concordem com  uma solução. Ele precisa saber o que é inadequado sobre o comportamento dele, e  também precisa saber o que é um comportamento adequado. A necessidade de o  gerente se comunicar claramente ao longo desse processo é sempre alta.  Assegure-se firmemente de que os funcionários entendam os pré-requisitos e as  consequências dos seus atos. Sempre.
 

Os líderes, uma descoberta de dentro para fora

Por José Luíz Tejon
 
Patrick Sweeney, ao lado de Tom Gartland, presidente da Avis, e Jenne Fromm, coach e atleta de escaladas em preparação para subir o Kilimanjaro, abordaram a liderança a partir das descobertas interiores. A empatia, capacidade de sentir o mundo externo umbilicalmente é essencial. Assim como Pelé, Messi e Neymar com a bola; o maestro João Carlos Martins com a música; ou o Alexandre Costa com o chocolate; o viver integrado com o externo, tornando-o uma extensão natural dos nossos sentidos faz a diferença no ato de liderar, pois a velocidade e a reação ao externo surpreendem e conquistam. A paixão da  vontade do gostar cria essa condição expandindo os sentidos e a percepção humana.
 
Acreditar nas pessoas é o outro ingrediente que ao sair do íntimo do líder conquista e comove profundamente.Esse sentimento ocorre com a consciência de que sem a equipe não faríamos, e de que nossas vidas dependem muito mais do que imaginamos, da vida de outras pessoas. A força vital, o tônus humano e a vontade de construir, são poderes íntimos que nos fazem enfrentar o medo da rejeição.
 
O trauma da rejeição paralisa muitos seres humanos intimamente. Esse receio, para ser enfrentado saudavelmente, precisa ter uma alavanca motivadora que faça sentido ao coração, ao significado de viver. Essa é a vontade do herói que vive dentro de cada um.
 
Patrick assinala ainda a importância de trabalharmos com o que nossa profissão vai vir a ser, com o que nossa vida virá a ser. O vir a ser nos mantém na jornada, e grandes líderes revelam esperanças, e pontes são construídas para conectar os pontos presentes aos pontos futuros. Isso vale nos negócios, no esporte, na arte, e, por que não, no amor?

VOCE TEM EXPERIENCIA?



VOCE TEM EXPERIENCIA?
Uma vez, recebi um correio desses que corre por internet que gostaria de compartilhar com voces. Nao sei quem é o autor da carta, mas vale a pena ler.

VOCÊ TEM EXPERIENCIA?

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: ’Você tem experiência?’ A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.

REDAÇÃO VENCEDORA:

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar. Já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto. Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
 
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo.
 
Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro. Já me cortei fazendo a barba apressado. Já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrela. Já subi em árvore pra roubar fruta. Já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas. Já escrevi no muro da escola. Já chorei sentado no chão do banheiro. Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando. Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado. Já me joguei na piscina sem vontade de voltar. Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios. Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro.Já tremi de nervoso. Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.

 Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua. Já gritei de felicidade. Já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um ’para sempre’ pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol. Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: ’Qual sua experiência?’.

Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência... Será que ser ’plantador de sorrisos’ é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:

Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?

domingo, 4 de agosto de 2013

importância da comunicação para o sucesso de um líder

A internet, sem dúvida, mexeu com muitos campos sociais. Entre eles, um especial é o campo profissional, não apenas no que tange aos meios de produção ou às ações, mas também à relação interpessoal entre gestores e colaboradores dentro do local de trabalho. 
No passado, os gestores detinham a autoridade e diziam aos seus comandados o que precisava ser feito. Com a velocidade da internet e a globalização, na qual inúmeras decisões cruciais devem ser tomadas em poucos minutos, a necessidade de delegar passou a ser primordial para o bom andamento da empresa e a boa comunicação oral, instrumento de grande valia aos líderes. 
 
Peter Drucker – escritor, professor e consultor austríaco, considerado pai da administração moderna – disse certa vez que “o líder do passado era uma pessoa que sabia dizer.
 
O líder do futuro é uma pessoa que sabe perguntar”. Entre esses dois, temos o líder do presente, que tem como desafio saber o que, quando e como falar e, ao mesmo tempo, gerar e manter um grupo de colaboradores pensantes ao seu redor, fazendo-lhes perguntas que os desenvolva a refletir e pensar em ações e soluções.
 
Um dos primeiros erros cometidos por quem quer aprimorar a comunicação empresarial diz respeito ao momento e a maneira de elogiar a sua equipe. Primeiramente, é importante salientar que nem só de elogios vive uma equipe motivada, mas de claros, transparentes, constantes e educados feedbacks. É importante que o líder diga sempre o concreto, o real, o fato. No caso de algum colaborador ficar quieto em uma reunião, por exemplo, deve ser dito qual era a postura esperada e questioná-lo o que ele pode fazer para melhorar o desempenho.
 
No que tange ao modo de se fazer um elogio, esperar que algo extraordinário aconteça ou elogiar em demasia pode não trazer os efeitos esperados.
 
Na verdade, o gestor deve se colocar no lugar do colaborador, valorizar o esforço que este fez para atingir determinado resultado e lembrar que o liderado está em desenvolvimento e que possui experiência menor que a do líder.
 
Outro equívoco cometido com frequência é valorizar objetos e acontecimentos ao invés do profissional.
 
Assim, no lugar de dizer que a reunião foi brilhante, é mais saudável dizer que a pessoa conduziu a reunião de maneira brilhante e tratou de todos os temas acordados; o relatório ou manual também não está sem erros, mas que o responsável desenvolveu o relatório com dados completos e que refletem a realidade do mercado, por exemplo.
 
Por fim, é importante que o líder mantenha um respeito por si próprio, ou seja, que possa valorizar e potencializar o que ele tem de melhor dentro de si, compartilhando esses valores com sua equipe e preparando novos líderes para sua sucessão na empresa.
 
Afinal, se a empresa não está gerando novos líderes, pensantes, qual o futuro que se pode esperar?
 
Mariella Gallo - fundadora da empresa Coach Mariella Gallo

Lidando com as ameaças: 10 dicas para não perder a cabeça

Elas foram criadas para ajudá-lo a lidar com as emergências e as ameaças. São causadoras de mudanças físicas bastante previsíveis.
 
O coração bate mais rápido e com mais pressão. O sangue flui de forma acelerada. A glicose é liberada na circulação sanguinea para fornecer mais energia e força.
 
As pupilas se dilatam para receber mais luz. A respiração acelera para receber mais oxigênio. E por que tudo isso acontece? Ora, para lutar ou fugir dos tigres de dentes de sabre. Pois é, as emoções foram criadas para nos ajudar com o conhecido “lutar ou correr”. Elas fazem com que temporariamente o corpo fique mais rápido e forte.
 
Mas isso tem um preço. A fim de mandar mais energia para os músculos, a reação emocional diminui os recursos destinados ao estomago (inclusive é por isso que muitos de nós ficamos com dor de barriga quando estamos estressados) e o raciocinio (isso também explica por que falamos e fazemos coisas estúpidas sob estresse). Apesar de nos permitir levantar um pesadíssimo objeto sob uma determinada pessoa, não conseguimos pensar na coisa certa a dizer numa reunião tensa. É duro, mas é uma triste realidade para muito de nós.
 
Quando a reação emocional tem início, ela precisa seguir o seu curso. Se não houver ameaça depois que a reação começar, geralmente leva 45 a 60 segundos para a pessoa voltar ao normal. Isto mesmo, 45’ a 60’. É por isso que sua avó  sempre dizia: conte até 10. O problema é que, nos tempos modernos, os tigres de dentes de sabre são geralmente “psicológicos”, ou seja, nossos pensamentos também podem causar uma reação emocional.
 
Eventos que certamente não são uma ameaça física, como ser criticado, pode causar um maremoto de emoções. Pior ainda, hoje em dia as pessoas incluem outro componente ao “lutar ou correr” – paralisar. Acredite ou não, as emoções podem paralisá-lo e deixá-lo sem palavras, impedindo que você lute (argumente ou responda) ou corra (encerre calmamente a interação e parta). Desenvolver a habilidade de combater estas reações, para ficar calmo sob pressão, é essencial na selva corporativa que está aí fora.
 
Se tudo isso faz parte do seu dia-a-dia, segue abaixo 10 dicas eficazes para colocar em prática:
  1. Identifique seus “pontos de ignição”. Faça uma lista das últimas 25 vezes que você explodiu perdendo a compostura. A maioria das pessoas que possuem problemas nesse campo possui de 3 a 5 “pontos de ignição” repetitivos. Crítica? Perda de controle? Certo tipo de pessoa? Um inimigo? Surpresas? Cônjuge? Crianças? Dinheiro? Autoridade? Você tem raiva de si mesmo porque não sabe dizer não? Tente agrupar 90% dos eventos em 3 a 5 categorias. Em seguida, pergunte a si mesmo porque cada um deles é um problema. É o seu ego? Humilhação? Ser pego “de calças curtas”? Os outros vão descobrir? Isto dobra a quantidade de trabalho? Em cada grupo, qual seria a reação mais madura? Treine diariamente a melhor reação mental e física até alcançar a fórmula ideal. Crie um programa no qual a cada mes você procura diminuir 10% o número de vezes em que você perde a compostura.
  2. Conte até 10. Seu raciocínio e julgamento não estão em sua melhor forma durante uma reação emocional. Isso é fato, portanto crie e pratique as táticas de adiamento a seguir: 1- Pegue um lápis na sua pasta. 2-Tome um cafezinho. 3- Faça uma pergunta e ouça a reposta. 4- Vá até o flip-chart e escreva alguma coisa. 5- Faça anotações. 6- Imagine-se numa situação tranquila. 7- Levante-se e dirija-se ao banheiro… Você precisa de um minuto para se recompor depois que a reação emocional começar. Logo, não faça ou fale nada até este minuto passar.
  3. Aumente o controle dos impulsos. As pessoas dizem e fazem coisas inconvenientes quando perdem a compostura. O problema é que elas dizem ou fazem a primeira coisa que lhes vem à cabeça. Pesquisas apontam que, geralmente, a segunda ou terceira coisa em que você pensa é a melhor alternativa. Procure evitar a primeira reação durante o tempo necessário para pensar numa segunda alternativa. Pratique. Quando conseguir fazer isso, espere mais um pouquinho para pensar numa terceira opção antes de fazer a sua escolha. Durante esse intervalo, 50% dos seus problemas de compostura terão desaparecido.
  4. Não leve para o lado pessoal. Você precisa punir as pessoas ou grupos que o tiraram do sério? Fica hostil, com raiva, cheio de sarcasmo ou mesmo com sede de vingança? Hummm, esse desejo de revidar não é bom sinal… Apesar dele trazer uma satisfação temporária, o tiro pode sair pela culatra e no final apenas fica a imagem de alguem que perde a cabeça. Quando o atacarem, reformule a frase como um ataque ao problema enfrentado. Jogue o argumento de volta – pergunte o que fariam no seu lugar. Quando o outro lado tomar uma posição rígida, não a rejeite. Pergunte o porquê – quais são os principios por detras da oferta, como saber o que é justo, qual é a teoria formulada. Pense no que aconteceria se a posição deles fosse aceita. Deixe o outro lado desabafar as frustrações deles, mas não reaja.
  5. Lide de maneira construtiva com as críticas. Muitas perdas de compostura começam com uma crítica, seja ela intencional ou não. Existem várias pessoas perfeitas no mundo que não suportam ouvir uma informação negativa sobre si mesmas ou sobre algo que fizeram (ou mesmo sobre o que não fizeram).  O resto de nós possui falhas das quais a maior parte das pessoas ao nosso redor está ciente e sobre as quais, de vez em quando, acabam sendo mencionadas. Sabemos também que, às vezes, críticas injustas acabam sendo lançadas contra nós. Lidar de maneira construtiva com críticas é uma habilidade que pode ser internalizada. Aprenda a observar quem ao seu redor assumiu uma atitude defensiva ou está com raiva. Muitas pessoas com essas posturas tem um monte de opiniões sobre o comportamento dos demais.
  6. Aprenda a ceder. Faz o tipo perfeccionista? Precisa fazer tudo do seu jeito? Faz planos e espera que os outros o sigam à risca? Tem ciúmes do seu tempo? Outra causa de perda de compostura é quando as coisas não saem conforme o planejado. Afrouxe um pouco as suas expectativas. Espere o inesperado. Dilate o cronograma. Leve em consideração as demoras. Faça uma lista das piores hipóteses. Na maioria das vezes, você vai ter uma surpresa boa e, nas outras, não vai ficar tão frustrado assim.
  7. Seja objetivo. Quando você rebater um ataque, concentre-se nos fatos e no impacto que eles tem sobre você. Não há problema algum se tirar conclusões a respeito do impacto sobre você mesmo (“fui pego de surpresa”). O problema é quando você aponta o motivo dos outros (“você me pegou de surpresa”) pois mostra que alguém teve a intenção e que você sabe o que está por detras da atitude da outra pessoa. Então, afirme o significado para você e pergunte aos outros quais eram as intenções deles.
  8. Não coloque a carroça na frente dos bois. Você toma atitudes apressadas?  Não gosta de ambiguidade e incerteza e quer fazer alguma coisa para esclarecer as coisas? A solução vem primeiro e a compreensão vem depois? Não se apresse para definir o problema. Deixe os outros terminarem de falar. Tente não interromper. Não complete a frase dos outros. Faça perguntas para ter uma clareza maior. Parafraseie o problema com as suas proprias palavras para alinhar-se com todos os envolvidos. Pergunte o que eles acham. Apresente e discuta as tentativas de solução. Aí sim decida.
  9. Faça uma atividade fisica. Encontre uma válvula de escape para liberar o estresse. Arrume um passatempo que envolva uma atividade fisica. Comece a se exercitar. Corra. Caminhe. Nade. As vezes, pessoas temperamentais são como uma panela de pressão e acabam explodindo. O corpo guarda reservas de energia e é preciso ter a tal válvula. Tente liberar as frustrações fora do trabalho.
  10. E finalmente: monitore o seu indicador interno de pressão. Talvez o seu pavio seja muito longo. Você espera demais, a pressão vai crescendo, não desabafa e acaba explodindo. Tome nota sobre o que está te preocupando e converse com algum confidente ou colegas de trabalho em que confia sobre tais problemas antes de explodir. Se a pressão atrapalhar o seu raciocinio no trabalho, escolha outra hora para se preocupar. Diga para si mesmo: “vou anotar e pensar nisso quando estiver voltando para casa”. Tente concentrar-se no presente. Sempre.
http://room4d.wordpress.com/2012/05/25/lidando-com-as-ameacas-10-dicas-para-nao-perder-a-compostura/?goback=%2Egde_1832083_member_263078929