segunda-feira, 28 de julho de 2014

Interior atrai novos centros de compras

 
A marcha da indústria de shopping centers para o interior do Brasil é uma das mais fortes tendências do setor. Dos 38 estabelecimentos inaugurados no ano passado, um novo recorde, 23 estão em cidades interioranas. Levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostra que a maioria deles foi construída em municípios com até 500 mil habitantes, com uma média de 26.142 mil m2 de Área Bruta Locável (ABL). Em 2014 não será diferente. Dos 38 previstos para abrir as portas neste ano, dos quais sete já estão em operação, apenas dez estarão nas capitais.
"Todas as cidades sonham com um shopping center, um equipamento do mundo moderno, criado para facilitar a vida das pessoas", explica Luiz Fernando Veiga, presidente da Abrasce. Existem bons motivos para o sonho. "Não existem dúvidas sobre o poder dos malls de alavancar o desenvolvimento dos municípios", diz Veiga. Estudo encomendado pela Abrasce quantifica os ganhos econômicos dos municípios com população entre 90 mil e 1 milhão de habitantes com a chegada dos centros de compras.
A percepção da valorização imobiliária na região próxima ao empreendimento é 46% superior à do restante da cidade. Os moradores percebem as diferenças e 59% deles dizem que as residências próximas aos shoppings receberam melhorias. A valorização dos imóveis resulta em um aumento de 82% na arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Isso, sem falar no desenvolvimento de toda a área, mesmo quando fica relativamente afastada. Foi o que ocorreu com o Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, instalado pela Sonae Sierra em uma região servida por rodovias como a D. Pedro I e a Anhanguera e distante do centro da cidade. Inaugurado em 2002, o mall se consolidou como atração regional e os impactos causados foram objeto de estudos e até mesmo de teses acadêmicas.
"Além disso, os shoppings oferecem oportunidade de crescimento para o comércio local, geralmente limitado a uma pequena área nas cidades de médio porte, e para a qualificação dos serviços oferecidos", diz Marcelo Sallum, sócio-diretor da Lumine Soluções em Shopping Centers. "Quanto maior a concorrência, melhor o atendimento, beneficiando o consumidor e toda a população local. É uma operação ganha-ganha", comenta Veiga.
A oferta de postos de trabalho também cresce significativamente. Um equipamento de porte médio gera aproximadamente 2 mil empregos diretos, um número significativo em cidades de menor porte, como é o caso de Arapiraca (AL), com 230 mil habitantes, Cariacica (ES), com 349 mil, ou Pouso Alegre (MG), com 140 mil moradores, que acabam de ganhar os primeiros shoppings. Mas é preciso contabilizar ainda os empregos indiretos, resultantes da criação de novas prestadores de serviços que se estruturam para atender às necessidades do empreendimento.
No total, o aumento de postos de trabalho foi de 34% nas cidades com centros de compras, ante 14% nas que não têm o equipamento. Com a expansão das atividades econômicas, registraram um crescimento de 130% na arrecadação do Imposto sobre Serviço (ISS) e de 79% na do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - nos municípios sem shoppings, a evolução dos dois impostos foi de 79% e 52%, respectivamente.
"Além dos ganhos econômicos, é importante frisar o esforço de qualificação da mão de obra local, que resulta em mais benefícios para a cidade", comenta Eduardo Gribel, presidente da Tenco Shopping Center, empresa mineira que aposta na interiorização e tem a meta de abrir 30 mallls fora das capitais até 2016. Seis deles estão em operação e outros oito, em construção.
A marcha para o interior também beneficia a indústria de shoppings por abrir o leque de expansão. Embora a potencialidade das capitais esteja longe de se esgotar, os custos de implantação dos equipamentos no interior são menores pelo preço dos terrenos e porque as prefeituras exigem menos contrapartidas. Além disso, as despesas de manutenção dos centros de compras, geralmente com um único piso e muita luz natural, são mais baixas, beneficiando os lojistas.
Gribel afirma ser um mito dizer que o tempo de maturação dos empreendimentos no interior é mais longo. "O prazo é o mesmo das capitais, três Natais, porque os investimentos são menores e o movimento de vendas continua firme ", explica. "É perigoso generalizar. Nem todos os shoppings interioranos representam riscos mais altos para os lojistas", diz Luiz Alberto Marinho, sócio da GS&BW, unidade especializada em shoppings da GS&MD Gouvêa de Souza. Marinho ressalta que empreendimentos únicos da cidade, com boa localização, atendimento regional, bom projeto e boa ancoragem, além de baixo custo de ocupação, têm chances redobradas de dar certo.
Este é o perfil de grande parte dos malls. O Shopping Pelotas (RS) tem 800 mil pessoas em sua área de influência. Foi inaugurado em setembro do ano passado com 70% das 139 lojas abertas. Hoje está com 85% dos estabelecimentos em funcionamento e deve chegar ao fim do ano com 5% de vacância. O SerraSul Shopping, em Pouso Alegre, no Sul de Minas, tem 480 mil pessoas na área de influência. Em abril de 2013, quando abriu as portas, 6,39% do público permanecia mais de três horas no equipamento. Um ano depois, o percentual pulou para 21,81% - nas capitais, o tempo de permanência é de aproximadamente uma hora. Em evento promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), Caito Maia, fundador da Chilli Beans, dizia estar impressionado com o movimento da loja instalada no Unique Shopping Paraupebas (PA), que vende de R$ 110 mil a R$ 120 mil por mês.
A marcha para o interior deve continuar firme. Mesmo porque ainda há muita oportunidade a ser explorada. Marinho lembra que o Brasil tem 65 m2 de ABL para cada grupo de mil habitantes. Se todas as inaugurações previstas para 2014 e 2015 se confirmarem, a proporção subirá para 71 m2 para cada mil habitantes, bem longe dos 2.200 m2 dos Estados Unidos, 350 m2 de Portugal ou 175 m2 doChile. "Dizer que não tem espaço para crescer é ir contra as estatísticas", afirma Marinho. A Lumine também acredita nisso e acaba de anunciar o lançamento do primeiro empreendimento de Arujá (SP), com 159 lojas, 18 mil m2 de ABL, e previsão de inauguração para novembro de 2016. O investimento será de R$ 150 milhões.

Nike monta 94 lojas no Brasil

A Nike montou 94 espaços permanentes de vendas de produtos da marca em todo Brasil, principalmente nas cidades-sede da Copa do Mundo, como Manaus, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A marca também abriu duas lojas exclusivas de futebol: a loja Inter Shop, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, e a loja Arena Seleção, dentro da Sede da CBF, no Rio de Janeiro.
 
O projeto foi executado pela agência CDA Branding e Design que seguiu as diretrizes do guide mundial da empresa de produtos esportivos. Durante todo o trabalho foi valorizado o conceito da marca, que é levar inspiração e inovação para todos os atletas no mundo, sejam eles profissionais ou não. Os produtos foram organizados de modo que sejam identificados de forma eficaz e de acordo com suas funções.
 

67% dos brasileiros não fazem compras pela internet, diz pesquisa

 
G1 – Economia – São Paulo/SP – 17.07.2014

67% dos brasileiros não fazem compras pela internet, diz pesquisa
Estudo da Mintel diz ainda que 9% adquiriram só1 item em 12 meses.
Setor de comércio eletrônico cresceu 250% no país nos últimos 5 anos.

 Embora tenha crescido fortemente nos últimos anos, o setor de comércio eletrônico ainda tem pouca participação dos brasileiros, segundo estudo da Mintel, multinacional fornecedora de inteligência de mídia e mercado.

O primeiro relatório feito pela empresa sobre e-commerce no Brasil aponta que 67% dos consumidores brasileiros não compraram nenhum produto via internet nos últimos 12 meses e que 9% adquiriram somente um item neste período.

Segundo o levantamento, o setor de vendas online de diárias de hotel e passagens é o que tem a maior penetração entre os brasileiros, com 14% dos consumidores afirmando que adquiriram esses itens nos últimos 12 meses.

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As vendas relacionadas a eletroeletrônicos como TVs, computadores e telefones celulares também aparece no topo da lista, com penetração de 13%.

Na outra ponta, apenas 3% dos consumidores mencionam que fizeram alguma compra de comida ou bebida pela internet nos últimos 12 meses.

Crescimento de 250% em 5 anos

O relatório destaca que o setor de comércio eletrônico brasileiro cresceu 250% nos últimos 5 anos. O valor de mercado das empresas que atuam na área saltou de R$ 14,8 bilhões em 2008 para R$ 51 bilhões em 2013, segundo a Mintel. As empresas de venda de hotéis e passagens representam 50% do setor, com valor de mercado estimado em R$ 25,2 bilhões.

O estudo projeta que o setor irá ultrapassar a barreira dos R$ 100 bilhões em 2017, atingindo os R$ 102 bilhões, e chegando a R$ 115 bilhões até 2018.

“O crescimento econômico rápido, juntamente com a melhoria da acesso à internet no país, impulsionam o comércio eletrônico. As receitas impressionantes desse setor são comparáveis a áreas mais maduras e tradicionais da indústria brasileira, como alimentos e bebidas, e varejo de carros", diz Victor Fraga, analista sênior de Varejo, da Mintel.

Segundo ele, categorias como às ligadas ao turismo têm desempenho melhor do que outras pelo fato de que não necessitam de uma inspeção mais detalhada antes da compra.

"Como os varejistas nunca conseguirão ultrapassar totalmente essa barreira, eles poderiam adicionar imagens em 3D e fotos em alta resolução dos produtos, mas ainda serão sempre desprovidas de textura e cheiro. Para enfrentar essa situação, aplicativos mais complexos e melhorias logísticas - como mais horários flexíveis de entrega - também podem ser implementados. Mas o fato de que muitos dos consumidores têm comprado itens de vestuário e calçados on-line nos últimos 12 meses mostra que é possível superar essas barreiras”, sugere o analista.

Principais temores

O estudo mostra ainda que a maioria dos brasileiros não se preocupa com a autenticação de pagamento quando faz compra online. Porém há uma exceção. Um em cada quatro consumidores, 25%, cita que prefere não fazer compras nos websites de comerciantes que solicitam o número de CPF (Cadastro de Pessoa Física).

Os golpes online são o maior temor dos brasileiros. Entre os entrevistados, 30% afirmam que estão preocupados com fraudes quando fazem compras pela internet. Em seguida, aparecem como principais preocupações o receio de que o produto não seja original (22%) e da entrega demorar muito (19%). Apenas 3% responderam que preferem fazer compras na internet porque é mais seguro que ir às lojas pessoalmente.

O relatório informa também que 17% dos brasileiros mencionam que visitam sites de varejistas motivadas por anúncios no Facebook, tendência mais forte entre os clientes jovens.

Acordo amplia atendimento em terminais da Rede Banco24horas

Folha S. Paulo – Mercado – São Paulo/SP – 18.07.2014
Caixas eletrônicos localizados em shoppings, aeroportos, rodoviárias, estabelecimentos públicos e comerciais passarão a aceitar os cartões de diferentes bancos.
Isso porque, nesses locais, equipamentos exclusivos de cada instituição serão trocados por unidades do Banco24Horas, que já atendem aos clientes de todos os bancos.
O acordo engloba 11.325 caixas –6% dos 196 mil terminais eletrônicos no país em nome de um banco em particular– que serão convertidos até 2020 em unidades do Banco24Horas, pertencentes à empresa TecBan, que é de propriedade dos bancos.
Hoje, o Banco24Horas tem 15.300 terminais próprios. Com a conversão dos equipamentos das instituições, a previsão é que cheguem a 30 mil terminais até 2020.
A novidade, porém, não valerá para os terminais localizados dentro das agências.
A tarifa sobre os serviços realizados nesses equipamentos deve variar de acordo com o pacote contratado de cada cliente. Desde 2008, os bancos são obrigados pelo Banco Central a oferecer um pacote de serviços essenciais sem taxa de manutenção, que prevê pelo menos quatro saques gratuitos.
Esses saques podem ser tanto na rede do banco quanto no 24Horas. Após essas quatro operações, os bancos cobram por saque -R$ 1,15 na Caixa, R$ 1,90 no Bradesco e R$ 2,10 no Santander, por exemplo.
Nem todos os serviços oferecidos pelos bancos em seus terminais próprios ficarão disponíveis nos terminais do Banco24Horas.
É o caso de empréstimos, depósitos e da emissão de folhas de cheques. Mas, segundo a Tecban, 90% dos serviços utilizados pelos clientes podem ser feitos em um terminal do Banco24Horas.
REDUÇÃO DE CUSTOS
O acordo encerra mais de dez anos de negociações e de rivalidades entre as instituições financeiras, especialmente Itaú e Bradesco, os bancos privados que mais investiram na ampliação da rede própria de atendimento.
No passado, ter um caixa eletrônico próximo da casa ou do trabalho do cliente era um diferencial. Itaú e Bradesco temiam "dar de graça" esse investimento aos bancos que não tinham aplicado tantos recursos nessa expansão.
Com a redução na margem de lucro nos últimos anos, os bancos passaram a ver o compartilhamento da rede como forma de reduzir custos.
O acordo não saiu antes porque a Caixa insistia em ter 10% da TecBan para ter força em disputas. Bradesco, Santander, Itaú e BB, então, aceitaram e deverão vender a ela cada um ao redor de 1% de participação na TecBan.

Renner fica mais eficiente e venda sobe

Valor Econômico – Empresas – São Paulo/SP – 23.07.2014
A desconfiança dos consumidores com o ritmo da economia e o esperado impacto negativo da Copa sobre o varejo não atrapalharam a varejista de moda Renner, que fechou o segundo trimestre com aumento de 20,9% no lucro líquido, para R$ 118,5 milhões. A receita líquida avançou 18,3%, para R$ 1,25 bilhão.
O faturamento apenas com a venda de mercadorias subiu 17,3% sobre igual período de 2013, para R$ 1,11 bilhão, e a receita com produtos e serviços financeiros somou R$ 143,6 milhões. O lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações total (Ebitda) avançou 22,9%, para R$ 248,1 milhões.
As vendas no conceito 'mesmas lojas' (sem considerar lojas abertas em menos de um ano) avançaram 10%. O diretor financeiro e de relações com investidores da Renner, Laurence Beltrão Gomes, disse que "o ponto mais importante" foi a coleção outono-inverno. Houve maior eficiência no abastecimento das lojas e na gestão de estoques. O novo centro de distribuição automatizado no Rio de Janeiro, por onde já transitam cerca de 30% das mercadorias vendidas pela empresa, ajudou no resultado.
Conforme o executivo, com exceção do Dia dos Namorados, em 12 de junho, quando o Brasil estreou na Copa contra a Croácia, as vendas nas datas de jogos da seleção nacional ficaram abaixo do esperado. Em compensação, nos dias das demais partidas o movimento ficou acima do previsto. O frio de maio ajudou, embora o clima em abril e junho não foi tão favorável.
O resultado dos serviços financeiros cresceu 27,3% no trimestre, para R$ 52,4 milhões. Houve crescimento da base de cartões da Renner em parceria com as operadoras Visa e Mastercard, que já somam 1,8 milhão de plásticos emitidos, e das receitas oriundas das vendas parceladas e dos empréstimos pessoais.
As perdas líquidas de recuperações nos serviços financeiros ficaram em R$ 54,1 milhões, com alta de 45,8% sobre o segundo trimestre de 2013. Segundo Gomes, porém, 80% da evolução correspondem a provisões feitas pela companhia em função do aumento do volume de vendas.
No acumulado do semestre, a receita líquida de vendas de mercadorias da Renner cresceu 15%, para R$ 1,926 bilhão, enquanto o lucro líquido avançou 41,6%, para R$ 169,4 milhões. Mesmo assim, devido à cautela ante a incerteza do cenário macroeconômico, Gomes evita euforias e segue projetando, em termos de crescimento e resultado para 2014, um desempenho "muito semelhante" ao do ano passado, quando a receita líquida subiu 13,1% e o lucro, 14,6%.
Os investimentos no trimestre avançaram 76,3% sobre o mesmo período de 2013, para R$ 116 milhões, e chegaram a R$ 193,4 milhões no semestre (alta de 88,5%). Segundo Gomes, a projeção de R$ 532 milhões em aportes para o acumulado do ano está mantida, assim como as previsões de aberturas de novas lojas das bandeiras Renner e Camicado, de utilidades domésticas. A projeção de inaugurações da Youcom foi revista de "até 15" para dez ou 12 devido à necessidade de testes e ajustes na nova rede de moda jovem.
No segundo trimestre foram abertas dez lojas Renner, que já somam onze inaugurações no semestre e fecharão o ano com 25 a 30 unidades além das 217 em operação no fim de 2013. Já a Camicado ganhou sete novos pontos de abril a junho e nove no acumulado dos seis meses, enquanto a projeção para todo o ano é de 12 novas unidades. A rede tinha 46 pontos no fim de 2013. A Youcom, que contava com 15 lojas em 2013, já abriu cinco neste ano, todas no segundo trimestre.
Segundo Gomes, dos investimentos previstos para este ano, R$ 86 milhões irão para o novo centro de distribuição de São José, na região metropolitana de Florianópolis (SC), que ficará pronto no fim deste ano. A unidade será automatizada como a do Rio e em 2015 vai operar em conjunto com o centro de distribuição na cidade vizinha de Palhoça, até substituí-la em 2016. A partir daí, com os dois centros 100% automatizados operando a pleno, a Renner espera obter mais eficiência logística, com redução significativa da falta ou sobras de produtos nas lojas.
Para 2015, a varejista também prepara a entrada da rede Camicado no Nordeste do país, onde a bandeira Renner já tem 32 pontos de venda. Já há negociações para a instalação de lojas em alguns shoppings e o mais provável é que o ingresso ocorra por Fortaleza (CE). Por enquanto a Camicado está presente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país.

Lindt abre primeira loja no Brasil

A fabricante suíça e chocolates Lindt inaugurou nesta sexta-feira sua primeira loja própria no Brasil, em associação com o grupo CRM, proprietário da Kopenhagen. A marca chega para pegar carona no crescente mercado de chocolaterias no país. Segundo a Abicab, associação que reúne os fabricantes brasileiros do produto, o setor cresce 20% ao ano. Segundo a vice-presidente do grupo CRM, Renata Moraes, a empresa distribuirá bombons grátis durante os primeiros três dias de funcionamento para convencer a clientela a experimentar a marca. A executiva afirma que se trata de uma "tradição" das aberturas de lojas da Lindt.  
Embora a empresa não forneça detalhes de longo prazo para a marca no país, Renata adianta que a expansão será feita de forma paulatina. Além da unidade de "estreia" no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, outra loja deve ser inaugurada na primeira quinzena de agosto, no Shopping Morumbi, também na capital. Mais duas inaugurações estão previstas até o fim de 2014.
O mercado de chocolates no Brasil cresceu junto com a renda do brasileiro nos últimos dez anos. Dentro da tendência de sofisticação do consumo, o brasileiro trocou doces mais baratos - como balas e confeitos - pelos chocolates. Entre 2004 e 2012, segundo a Abicab, a fatia do produto no mercado de doces saltou de 40% para 54%. Dados da Nielsen mostram que o mercado segue crescendo bem acima do Produto Interno Bruto (PIB) e corroboram a ideia de que o brasileiro está experimentando marcas mais caras. Em 2013, o volume de vendas de chocolates cresceu 3,4%, mas a receita subiu quase 11%, chegando perto de 5,1 bilhões de reais.
 
As chocolaterias crescem ainda mais rápido, diz o diretor de chocolates premium da Abicab, Caio Tomazeli. "O mercado de chocolaterias cresce cerca de 20%, o dobro da média do setor", afirma. Atualmente, segundo ele, são aproximadamente 3,5 mil unidades em funcionamento no Brasil. Tomazeli diz que a popularização das chocolaterias se consolidou com a expansão da Cacau Show, líder em número de lojas e faturamento. A empresa tem atualmente 1,6 mil unidades e prevê faturar 2,4 bilhões de reais em 2014. O grupo CRM tem 850 lojas (520 da bandeira Chocolates Brasil Cacau e 330 da Kopenhagen) e prevê receita de 1 bilhão de reais este ano. As duas empresas projetam expansão acima de 20% em relação a 2013, apesar do cenário econômico difícil.
 A Lindt chegou atrás desse potencial. Presente nos supermercados com itens distribuídos pela Aurora Alimentos - que continuará a atender o segmento -, a empresa resolveu abrir lojas exclusivas para mostrar uma variedade maior de produtos. Uma das novidades para o brasileiro será a venda dos bombons Lindt por peso, diz a vice-presidente do CRM.
Veja São Paulo – Economia – São Paulo/SP – 25.07.2014