sábado, 15 de março de 2014

Como lidar com grandes mudanças

Grandes mudanças não são rupturas, mas sim continuidade. Saiba como lidar com esse paradoxo.
- “Sabe, Rogério, estamos vivendo aqui um momento de transição”.
PreviewEsta é a frase que escuto de 100% das empresas. E quando meus interlocutores  descrevem seu contexto fico com a sensação de que tal transição iniciou-se mais ou menos na fundação da empresa e perdura até os dias atuais...
E é isso mesmo: indivíduos e organizações se movem a todo instante. Nada está parado. Tudo é transição, tudo está em permanente transformação. Algumas transições são triviais, quase rotineiras. Outras, impactantes e decisivas, às vezes associadas a perdas.
Não é sem motivos que a competência da adaptabilidade está entre as vedetes nas empresas mais bem sucedidas. Flexibilidade e capacidade para atuar em contextos complexos são atributos mais do que desejados: são essenciais.
Mas a realidade é que lidamos mal com mudanças. Organizações e seus líderes têm alto nível de imunidade à mudança. E o que é pior: se autoconhecimento não é marca registrada do time, seus indivíduos sequer se dão conta dos próprios pontos cegos. Há, dessa forma, poucos investimentos que valem tanto a pena quanto aqueles que desenvolvem na liderança seu nível de consciência e sua aptidão para navegar em ambientes marcados por instabilidade, incerteza, ambiguidade, polaridade e vulnerabilidade.

Não dá para contar – sequer para prever – quantas mudanças enfrentaremos em nossas vidas e carreiras. Tampouco é possível contabilizar por quantas transformações uma organização passará. E a experiência de viver mudanças e transições enseja uma lógica contra-intuitiva: mudamos para preservar nossa essência. Mudamos – nós e nossas organizações – para nos tornar cada vez mais a realidade concreta da imagem guardada em nossas mentes e corações. Nossas transformações são idealmente o caminho por meio do qual fazemos das mudanças oportunidades para “continuar”, e não “romper”, pois operam como veículos que fortalecem nossos mais significativos valores e propósitos.

E quando navegamos em nosso chamado, mesmo as transformações mais relevantes guardam a sensação de continuidade, e não de ruptura. Mudamos para manter a rota, para permanecer em fluxo.
Compreender esta lógica paradoxal é chave – e será cada vez mais.

Rogério Chér tem 44 anos e é sócio da Empreender Vida e Carreira. 
http://www.endeavor.org.br/artigos/gente-gestao/cultura-corporativa/como-lidar-com-grandes-mudancas

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