sábado, 15 de junho de 2013

Muito cuidado com a Língua Portuguesa

Se você é daqueles que acham que é muito difícil dominar a nossa língua portuguesa tenha certeza de que não está sozinho(a). Essa não é uma dificuldade de simples mortais, afinal Clarice Lispector já escreveu em seu livro A Hora da Estrela: “não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados”.
 
Dificuldades a parte, temos que estar constantemente atentos ao falar e escrever uma palavra ou uma frase, especialmente no ambiente profissional. É importante saber que as empresas estão eliminando candidatos em seus processos seletivos devido ao mau uso da língua portuguesa, conforme demonstrou uma pesquisa realizada em 2012 pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) através de um teste ortográfico com 7.219 jovens de diferentes segmentos, áreas de atuação e de ensino.
 
Esse teste, realizado após a reclamação de empresas ao Nube de que os estagiários não sabiam escrever, foi aplicado na forma de ditado, com 30 palavras do cotidiano, como “seiscentos”, “escassez”, “artificial”, “sucesso”, “licença” e “censura”. Era considerado reprovado quem cometesse mais de sete erros. Exatos 2.081 candidatos (28,8%) não obtiveram êxito na etapa da seleção e foram eliminados. As mulheres se saíram melhor. Apenas 26,6% não passaram. Já entre os homens, o número foi maior, 32%.
 
Seguindo a linha estatística, um dado chamou a atenção: os mais novos, com idade entre 14 e 18 anos, apresentaram melhor desempenho, com 75% de sucesso, superando outras faixas como a de 19 a 25 anos (68,9%), 26 a 30 anos (69,2%) e acima de 30 anos (71,2%). “Impressiona o fato de os jovens na fase da universidade, registrarem erros graves na grafia. Apenas 25% dos brasileiros mantém o hábito da leitura. Com isso, o reflexo é percebido antes até de ingressarem no mercado de trabalho. Muitos ficam pelo caminho e são excluídos das chances de construírem uma carreira, por terem pouca intimidade com as palavras”, analisa o supervisor de seleção, Erick Sperduti.
 
Entre os cursos, também foram divididos aqueles com melhores e piores índices. Com desempenho mais baixo, em quantidade de reprovados, estão os alunos de Pedagogia (50%), Jornalismo (49%), Matemática (41,4%), Psicologia (41%) e Ciência da Computação (40%). Na outra ponta, com maior aprovação estão Comércio Exterior (83%), Medicina Veterinária (82%), Relações Públicas (80%), Engenharia de Produção (80%), Nutrição (75,5%), Engenharia Elétrica (74,5%) e Direito (74%).
 
Esse assunto é tão sério que mereceu também uma matéria no jornal O Estado de São Paulo de hoje, dia 02/06/2013, na qual se procura ao mesmo tempo mostra algumas saídas para o uso correto da língua portuguesa dentre elas a leitura mais assídua de jornais, revistas e internet, saber diferenciar o estilo de linguagem entre aquele que deve ser usado quando estiver conversando com um colega de trabalho, especialmente quando este for um superior daquele que é usado quando estiver em uma rede social.
 
Como se vê desse texto, todos os profissionais correm o sério risco de terem suas carreiras prejudicadas por um erro no uso da língua pátria. A recomendação é dar a devida atenção quando se envolver em um processo de comunicação, ou seja, em todos momentos de nossas vidas.
 


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