Tomei conhecimento sobre esse fato durante o Laboratório Estudar (ministrado pela Fundação Estudar, de Jorge Paulo Lemann) em Belo Horizonte em Agosto deste ano, e desde então isso tem me feito pensar muito. Para mim, inconscientemente, gente grande meio que já tinha nascido grande. De alguma forma, esses Steve Jobs, Madonna, Obama, Marcel Telles da vida, em algum momento tinham tudo certo na cabeça e se acharam rapidamente numa trajetória linear rumo ao sucesso. E foram então, felizes para sempre. Parece óbvio que essa crença estava equivocada. As biografias e os filmes sobre a vida dessas pessoas de grande sucesso mostram seus fracassos e seus problemas, mas isso só fez mesmo sentido para mim há pouquíssimo tempo.
É preciso entender o poder e a relação que o medo e a insegurança têm ao longo do nosso caminho pessoal e profissional. É imprescindível saber que o medo e a insegurança provocam energia e fazem com que as pessoas se movam em direção a conquistas. É necessário conhecer e tocar a ferida, o feio, o estranho, o que dá pavor para que se saiba com muita força o que não se quer. Isso nos faz com clareza e objetividade buscar o oposto de tudo aquilo e identificar então o que realmente queremos!
O medo não nos acorda, mas é ele quem nos faz levantar para trabalhar todos os dias. Na verdade, não é o medo, são os medos, porque temos muitos e a lista parece não ter fim: medo de não ter casa, comida, roupas, afeto, atenção, admiração; medo de ficar sozinhos, de não ter filhos, de perdermos amigos, parentes, família; medo de não sermos atraentes ou bonitos o bastante, de não preenchermos os quesitos e expectativas dos outros. E como precisamos desses medos! Como é necessário que sejamos inseguros! Pois são as nossas inseguranças e os nossos medos que nos levam a ser quem
somos e estar onde estamos.
Talvez seja a falta de medo de ficarmos feios, burros, estúpidos, pobres e inválidos que nos dá a coragem de não buscarmos o melhor para nós mesmos, para nossos colegas de trabalho, para nossa família. Provavelmente é o excesso de segurança que nos faz olhar para o trânsito de São Paulo, de Belo Horizonte, ou mesmo de Cuiabá e termos a coragem de não fazer nada a respeito!
Não ter medo de morrer, de ficar obeso, de não ser ninguém na vida é uma tristeza, pois são essas pessoas tão corajosas que morrem cedo sem aproveitar o máximo que a vida tem a oferecer. São elas mesmas que não cuidam da própria saúde, que não se amam e que têm coragem de conformar com doenças facilmente tratáveis e deixar suas famílias em situações financeiras difíceis durante a vida e após sua morte. São essas pessoas extremamente seguras que fazem o que querem com os outros e têm a coragem de jogar fora relacionamentos de anos, amizades, histórias há muito construídas.
Não enfrente seus medos. Entenda-os. Saiba exatamente onde é que eles têm contribuído para o seu próprio bem. Na carreira e na vida. Pois no que concerne a mim, eu morro de medo de não ser lembrada depois da minha morte. Tenho pavor de ficar gorda e ridícula! Estremeço só de pensar em parar de crescer, de aprender, de me aperfeiçoar e de desenvolver as pessoas que estão ao meu redor. Eu me arrepio só de sonhar que passei pela vida, que é uma só, e não fiz tudo o que poderia ser feito.
E você, tem medo de que?
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